Cônsul de Cuba explica retirada dos médicos ao deputado Lebrão

Turcios López disse que a retirada dos profissionais do Mais Médicos foi um processo doloroso para seu país

Assessoria | Fotos: Ana Célia
Publicada em 18 de dezembro de 2018 às 15:17
Cônsul de Cuba explica retirada dos médicos ao deputado Lebrão

O cônsul de Cuba para a Região Norte há mais de 4 anos, Turcios Miguel Esquivel López, sediado em Manaus, esteve na manhã desta terça-feira (18) no gabinete do deputado José Lebrão (MDB), 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Turcios lamentou o fim da parceria entre Brasil e Cuba no programa “Mais Médicos”, que prejudicou o atendimento ao povo brasileiro. 

A iniciativa de retirar os médicos, ocorreu após o presidente diplomado Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que não manteria a parceria. “Decidimos pela retirada dos médicos, pois havia o temor com a situação dos profissionais, que ficaram sem emprego”, argumentou o cônsul. “É um processo doloroso, mas tivemos que proteger nossos profissionais, que ficaram desempregados e sem condições de ajudar o povo brasileiro como é o propósito do programa”, acrescentou.  

O deputado Lebrão disse que Rondônia foi bastante prejudicada com o fim do Mais Médico, que contava com 156 profissionais em diversos municípios do Estado. Segundo o deputado, a situação para Rondônia já é complicada, pois há carência de profissionais nos municípios, “porque os médicos brasileiros querem apenas dar plantão, e não expediente integral”, argumentou. 

Lebrão disse estar preocupado com a situação em Rondônia, pois os municípios enfrentam problemas econômicos e financeiros, e agora terão mais um, que é na área de saúde, devido ao fim do Mais Médico. “Muitas prefeituras não irão conseguir superar a dificuldade criando sérios prejuízos para a população”, alertou. 

A fim da parceria com o Brasil do Mais Médicos tirou a oportunidade de o governo cubano ajudar o Brasil, como ocorre em 65 países e com a presença de 55 mil médicos. A parceria é desenvolvida, argumenta Turcios, “inclusive em países asiáticos e também no Haiti, onde há 400 médicos cubanos atuando no atendimento à população”.

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