A contadora Ana Paula Amaral Arantes Guedes procurou redação da FOLHA DO SUL ONLINE na manhã desta quinta-feira, 18, para esclarecer que não solicitou o auxílio emergencial. O nome da contabilista consta na lista de pessoas de Vilhena beneficiadas e divulgada pelo Tribunal de Contas da União – TCU.
 
Ana Paula disse que ficou sabendo que seu nome compunha a lista pela irmã. “Minha irmão foi quem me disse que meu nome tava lá”, disse a contadora, que revelou ainda que não acreditou inicialmente, já que não havia solicitado o auxílio emergencial. Mas, o conferir a lista, encontrou seu nome nela.
 
Ana Paula procurou a Unisp para o registro de uma ocorrência policial e, lá, foi orientada a procurar a Polícia Federal. Na delegacia da PF, foi orientada a procurar a Caixa e fazer um termo de contestamento, explicando que não foi ela quem fez o cadastro, que não foi ela quem sacou os valores. 
 
Na agência, Ana Paula ficou sabendo que, embora ela tenha conta na Caixa Econômica Federal, a pessoa que usou seu nome para pedir o auxílio abriu uma conta digital e já recebeu duas parcelas, nos dias 17 e 26 de maio. O e-mail usado para realizar a solicitação também não é o dela. “Até onde eu sei, quem tem conta na Caixa recebe direto nesta conta, não precisa abrir outra conta”, argumentou.  
 
Segundo Ana Paula, o que ela ouviu na Caixa é que o banco irá enviar os dados para a PF que irá investigar todos os casos. “Eu acho que quem recebeu indevidamente tem, sim, que devolver, mas eu não recebi nada, como eu vou devolver algo que eu não recebi?”
 
A contadora disse ainda que a Caixa suspendeu a terceira parcela do auxílio emergencial. O banco a orientou a entrar no site do Ministério da Cidadania e cancelar o auxílio. “Como eu vou cancelar eu não sei, porque eu não tenho a senha, não fui eu quem criou”.
 
Finalizando a conversa com o site, Ana Paula revelou que tem passado por constrangimentos por causa desta situação. “A gente tem sido motivo de chacota”, disse a contadora, reconhecendo que tem nomes na lista que devem ter recebido indevidamente, mas também pessoas que foram vítimas de golpe.