O Brasil fechou esta sexta-feira (03) com 359 mortes por conta do Coronavírus (COVID-19). Mas é importante destacar que destes casos, 242 pessoas tinham mais de 60 anos, ou seja, 85% são pessoas que fazem parte do grupo com maior risco de morte decorrente da doença. Além disso, 82% dessa população apresentava algum fator de risco como problemas no coração, diabetes ou problemas respiratórios. Mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que o fator idade precisa ser levado muito a sério.

“Mais uma vez reforço: pessoas acima de 60 anos são o principal fator! Às vezes a pessoa fala ‘ah, mas tem que ter uma comorbidade’. Às vezes tem, mas passou de 60 anos, ela vai aumentando. 60, 70 aumenta bem, de 70, 80 aumenta mais, acima de 80 aumenta muito”.

De acordo com as investigações sobre a doença, têm se percebido que as crianças não são tão afetadas pelo coronavírus, podendo até mesmo não apresentar sintomas. E é aí que ocorre o perigo de transmitir a doença para as pessoas mais idosas. Por isso, o ministro da Saúde faz um apelo a população.

“É um ato de amor, é um ato de carrinho, agora, não puxar aquele neto para o colo, não dar aquele abraço, aquele beijo que a gente gosta de dar. Sei que é difícil. Eu tenho um neto, a minha mãe tem netos e bisnetos. Está sendo difícil para todo mundo, minha solidariedade, mas é um momento de preservação. Então muito cuidado com o fator idade”.

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, este é o momento de reduzir ou evitar o contato com pessoas com mais de 60 anos. No caso de quem convive com idosos ou profissionais que precisam auxiliar no cuidado dessas pessoas, como cuidadores, se esses profissionais apresentarem sintomas de gripe, devem passar a evitar na mesma hora o contato com seus pacientes. Além disso, a maior recomendação adotar medidas como o uso de máscaras e lavar frequentemente as mãos com água e sabão.