Coronavírus: Mandetta defende restrições para fronteira com Venezuela
Alguns países da América Latina já fecharam fronteiras
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu hoje (16) que o Brasil faça restrições para entrada de estrangeiros pela fronteira do Brasil com a Venezuela para conter novos casos do novo coronavírus. De acordo com o ministro, cerca de 500 pessoas entram no país diariamente pela cidade de Pacaraima, em Roraima.
Durante coletiva de imprensa após participar de uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro foi perguntado sobre a possibilidade de o Brasil fechar suas fronteiras. Mais cedo, Argentina, Paraguai, Chile, Peru e Colômbia anunciaram o fechamento de suas fronteiras por 15 dias para conter a entrada de pessoas infectadas.
Na avaliação do ministro, o Brasil mantém diálogo com os países fronteiriços e o fechamento das fronteiras com Argentina e Paraguai, por exemplo, não seria determinante para conter a transmissão do coronavírus. No entanto, no caso da Venezuela, não há diálogo com o país, explicou o ministro. A maioria dos venezuelanos que chegam ao Brasil buscam tratamento médico.
"Com a Venezuela há um vazio. Ali, do ponto de vista de saúde, é uma fronteira que eu recomendo que a gente faça restrição. Agora, nas demais tem que analisar muito bem, caso a caso. Eu não estou vendo que essas medidas possam ser determinantes no momento. O Brasil tem 17 mil quilômetros de fronteira, grande parte de fronteira seca. Fazer medidas para fazer notícia dificulta a vida do cidadão e não cria nenhuma barreira para absolutamente nada", afirmou.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde confirmou que 234 casos do novo coronavírus. Na sexta-feira (13), o total passou de 100 pela primeira vez e agora já ultrapassa os 200. Ontem, o balanço registrou 200 pessoas infectadas.
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