Fontes lidadas à área de saúde informaram que todo o estado de São Paulo vai regredir para a fase amarela do plano de abertura da economia. A medida deve ser anunciada nesta segunda-feira (30), de acordo com informação publicada pela CNN Brasil. 

Levando em consideração os atuais critérios do governo, salões de beleza, bares, restaurantes, academias, parques e atividades culturais (com público sentado) podem continuar abertos na Fase Amarela, mas com restrições. Atualmente seis das 17 regiões do estado estão na fase verde do Plano SP.

No dia 19, o governo João Doria anunciou que a média diária de internações por causa do coronavírus, tanto em hospitais públicos quanto nos privados, aumentou 18% na semana anterior em comparação com os sete dias antecedentes. 

Na fase amarela, shopping Center, galerias e estabelecimentos similares devem ter ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local
e 10 horas de funcionamento. A mesma regra vale para comércio, serviços, salões de beleza e barbearias.

Bares, restaurantes e similares devem funcionar somente ao ar livre ou em áreas arejadas. Clientes só devem consumir até 17h ou, até as 22h, caso a região tenha ao menos 14 dias seguidos na fase amarela. A ocupação máxima é limitada a 40% da capacidade do local, com 10 horas de trabalho.

Academias esportivas e centros de ginástica têm uma ocupação limitada a 30% de suas capacidades, com 10 horas de funcionamento. Nesses casos deve ocorrer um agendamento prévio com hora marcada. A permissão do governo vale para aulas e práticas individuais. As aulas e práticas em grupo estão suspensas.

Eventos, convenções e atividades culturais são permitidos após a região ficar ao menos 28 dias consecutivos na fase amarela. A ocupação máxima fica limitada a 40% da capacidade do local. Assentos e filas devem respeitar distanciamento mínimo.

Atualmente, o estado de São Paulo tem 1,2 milhão de casos e 42 mil mortes provocadas pelo coronavírus. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de infectados (6,3 milhões), atrás da Índia (9,4 milhões) e dos Estados Unidos (13,7 milhões). Em quantidade de mortes, o governo brasileiro contabiliza o segundo maior número (172 mil) - o primeiro é o do governo americano (273 mil). 

Em coletiva de imprensa na tarde da sexta-feira (27), o diretor de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, comentou sobre o Brasil e disse que o sistema de saúde conseguiu absorver a "pancada” da primeira onda da Covide-19 "de forma maravilhosa", mas com a fadiga dos profissionais de saúde, "não podemos assumir que conseguirá mais uma vez". "Precisamos agir mais rápido, de forma mais consistente e mais colaborativa", afirmou.