CPI da Chapecoense inicia atividades e quer ouvir o presidente da CBF
O primeiro item a ser decidido pela CPI é a convocação de Rogério Caboclo, presidente da CBF
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) é o relator da CPI do Acidente da Chapecoense - Edilson Rodrigues/Agência Senado
A comissão parlamentar de inquérito que trata da situação dos familiares de vítimas do acidente aéreo com a equipe da Chapecoense vai se reunir pela primeira vez na próxima terça-feira (17), a partir das 9h. O primeiro item a ser decidido pela CPI é a convocação de Rogério Caboclo, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para prestar depoimento.
O relator da CPI, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), deve apresentar o seu plano de trabalho na reunião. O principal foco das atividades da comissão será investigar por que, três anos depois do acidente, os familiares das vítimas do acidente ainda não receberam as indenizações devidas. Dos 71 mortos, 64 eram brasileiros.
— É óbvio que todas as seguradoras têm interesse de atuar no Brasil, então você pode também restringir a participação delas, se não cumprirem com determinadas ações. A CPI pode contribuir com isso também. Apurar até que ponto o governo deixou que isso acontecesse, exatamente para buscar aperfeiçoar a legislação para evitar que outras seguradoras estrangeiras venham pra cá e depois não cumpram aquilo que deveriam cumprir — afirmou Izalci Lucas na instalação da CPI, na semana passada.
O requerimento para a convocação de Rogério Caboclo, que deverá ser votado na sessão da terça-feira, é do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), um dos 11 membros titulares da CPI. O presidente da comissão é o senador Jorginho Mello (PL-SC). A reunião da CPI será na sala 9 da Ala Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado.
Desastre
No dia 28 de novembro de 2016, o time da Associação Chapecoense de Futebol, de Chapecó (SC), seguia para Medellín, na Colômbia, para a disputa da final da Copa Sul-Americana de futebol. O avião que transportava a equipe, da companhia aérea boliviana LaMia, sofreu uma pane por falta de combustível e caiu em uma área de floresta nas imediações da cidade. Além dos jogadores e da tripulação, o voo levava a comissão técnica e membros da diretoria da Chapecoense e profissionais da imprensa, além de alguns convidados, num total de 77 pessoas. Houve apenas seis sobreviventes.
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