Cremero realiza interdição ético-profissional no Hospital Infantil Cosme e Damião; parte do teto desabou sobre leito de criança

De acordo com a presidente do Cremero, os problemas identificados vem se agravando desde o ano de 2019, sem qualquer correção ou medida de planejamento informado pela Sesau. Admissão de novos pacientes está barrada

Assessoria
Publicada em 21 de abril de 2022 às 15:57
Cremero realiza interdição ético-profissional no Hospital Infantil Cosme e Damião; parte do teto desabou sobre leito de criança

Conforme desenrolar de todo o  processo que envolveu as denúncias sobre a falta de condições de atendimento no Hospital Infantil Cosme Damião (HICD),  em Porto Velho, diante da precariedade nas condições estruturais e sanitárias divulgada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), aconteceu nesta quarta-feira (20) a interdição ética médica da unidade. O Cremero alertava sobre o risco de acidentes no local, preocupação confirmada quando,  no último fim de semana,  uma parte do teto desabou em cima do leito de uma criança.

De acordo com a presidente do Cremero,  Ellen Santiago, os problemas identificados e registrados nos relatórios de fiscalização do Conselho vem se agravando desde o ano de 2019, sem qualquer correção ou medida de planejamento informado pela Sesau, o que deixou  insustentável o trabalho dos profissionais médicos no local, colocando,  inclusive,  em risco a vida dos pacientes que lá buscavam atendimento. “Não há um só ambiente que esteja adequado e em segurança para os que lá frequentam, tendo sido imprescindível realizar a paralisação da entrada de novos pacientes naquele hospital”, esclareceu.

O diretor de fiscalização,  Cleiton Bach,  explicou que o processo de interdição ética não significa paralisar os atendimentos que estão em andamento na unidade, mas sim impedir que os médicos continuem recebendo novos pacientes para atendimento na unidade. “Temos absoluta noção do que significa a remoção desses pacientes para outra unidade, e estamos abertos para orientar a direção técnica e clínica da melhor forma para uma remoção gradativa até que todas as crianças que lá se encontram internadas estejam em segurança em outro local para atendimento, assim como na segunda-feira fizemos com a Sesau, antes mesmo da interdição”, acrescentou.

A necessidade de interdição havia sido votada em plenária e confirmada em Assembléia Geral convocada pelo Cremero no dia 8 de abril,  na qual médicos que atendem a pediatria no hospital reforçaram a urgência de uma intervenção.

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