Crianças em tratamento oncológico devem ser imunizadas contra a Covid-19, afirma SOBOPE

Entidade reforça que há recomendações específicas, como vacinar-se duas semanas antes da quimioterapia ou uma semana depois, sempre que possível

Assessoria
Publicada em 07 de janeiro de 2022 às 11:31
Crianças em tratamento oncológico devem ser  imunizadas contra a Covid-19, afirma SOBOPE

Após a liberação da vacina Pfizer-BioNTech pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde anunciou nesta semana que a imunização das crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19 deve iniciar em janeiro e priorizará grupos com deficiência permanente ou comorbidades. Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), a dose é segura para crianças que estão em tratamento oncológico.

"Não há contraindicação, considerando que essa faixa etária irá receber a vacina com um terço da quantidade da dose adulta. O que vimos ao redor do mundo foi uma taxa de infecção grave pela Covid em aproximadamente 20% das crianças em tratamento oncológico. Por isso, é importantíssimo que elas se vacinem, obedecendo algumas regras", explica a oncologista pediátrica da SOBOPE, Dra. Maristella Bergamo.

Para a imunização dos pacientes oncológicos, no entanto, há algumas orientações específicas. "O aconselhado é vacinar-se duas semanas antes da quimioterapia ou uma semana depois, sempre que possível. Outras indicações são não vacinar caso o pequeno esteja internado, com febre ou outro quadro viral associado. Seguindo as recomendações, qualquer criança em tratamento oncológico pode e deve ser vacinada", ressalta Maristella.

A SOBOPE reforça a importância de todos serem imunizados. "Apesar de as crianças não terem apresentado os piores casos da doença, elas podem contribuir para a transmissibilidade do vírus. Então, se vacinando, estão protegendo não só elas mesmas, como todas as pessoas que vivem ao redor delas, avós, tios, professores, etc", afirma a oncologista.

Sobre a SOBOPE

Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infanto-juvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.

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