Dados do Governo de RO indicam estado de alerta pela seca do Rio Madeira
O diagnóstico é feito através de boletins informativos, que divulgam alertas sempre que existe previsão de eventos extremos
O nível do Rio Madeira poderá alcançar as cotas de emergência, que deverá ser impactada pela seca severa que atinge a região
Atento aos impactos negativos, provocados pela chegada do verão amazônico, período em que as chuvas tendem a ficar mais escassas, o governo de Rondônia reforça a preocupação com a navegação no Rio Madeira, que deverá ser impactada pela seca severa que atinge a região. Isso gerará reflexos significativos no custo de transporte para todas as atividades comerciais. O diagnóstico é feito através de boletins informativos emitidos pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), que divulga alertas sempre que existe previsão de eventos extremos, como chuvas, secas e enchentes nos principais rios.
Pelas previsões climáticas haverá um acumulado de precipitação abaixo da média histórica para o período
De acordo com o informativo de alerta emitido pela Sala de Situação, dentro da Coordenadoria de Geociências (Cogeo), em 27 de maio de 2024, o nível do Rio Madeira, em Porto Velho poderá facilmente alcançar as cotas de emergência de 1,70 metros. Os dados apresentados mostram que, entre abril e maio de 2023, as cotas ficaram em torno da média histórica, mas não impediram de atingir, no período seco da região, valores abaixo da cota de escassez hídrica (1,70 m), chegando a 1,11 m. Seguindo essa linha, a previsão é que no período seco de 2024 (junho a agosto) o nível do Rio Madeira em Porto Velho atinja a cota de escassez hídrica, visto que desde janeiro as cotas oscilaram próximo das mínimas históricas, o que indica impactos similares aos registrados no período de escassez hídrica do ano passado.
Para o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, diante da previsão de seca, é importante que a população economize água de forma rigorosa. “Estudos indicam que os níveis dos rios vão ficar mais baixos, e é importante que todos contribuam para evitar uma crise ainda maior. Medidas simples, mas que visam a economia de água, podem fazer uma diferença essencial para garantir o abastecimento de água durante o período mais crítico”, pontuou.
De acordo com meteorologista da Sedam, Fábio Adriano Monteiro Saraiva, as previsões climáticas indicam um acumulado de precipitação abaixo da média histórica para o período de estiagem da região. “Além disso, a Bacia do Madeira entra no seu período de recessão com valores muito baixos de cotas (principalmente na região de Porto Velho), e esses cenários apontam que o nível do rio poderá chegar com facilidade nas cotas de emergência. Portanto, devido ao panorama meteorológico e hidrológico previsto, é necessário monitorar este período com muito cuidado e atenção”, destacou.
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