Defesa Civil segue monitorando o nível do rio Madeira
Nesta terça-feira (25), o rio registrou 6,50 metros
No último dia 18 de junho, a cota do rio chegou ao seu menor nível, medindo 4,15 metros
Em constante observação sobre a cota do rio Madeira neste período de estiagem, a Prefeitura de Porto Velho, através da Defesa Civil Municipal, segue monitorando o nível do rio. Na manhã desta terça-feira (25), o registro foi de 6,50 metros.
No último dia 18 de junho, a cota do rio chegou ao seu menor nível, medindo 4,15 metros e entrando em estado de alerta, com a menor cota do ano até o momento. Apesar da estiagem severa continuar, as chuvas ocorridas no Peru e na Bolívia, ocasionaram o aumento da vazão na junção dos rios Mamoré e Beni, que formam o Madeira, fazendo assim, que a cota aumentasse.
De acordo com o coordenador Elias Ribeiro, a Defesa Civil segue monitorando os níveis do rio, participando de reuniões junto ao Sistema Geológico do Brasil (SGB), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Agência Nacional de Águas (ANA), e através da Sala de Crise Nacional e Regional será possível expor informações e previsões para o período de até 15 dias chegando-se a um balanço geral de toda situação para o planejamento de um diagnóstico efetivo de ação, além da produção de material impresso (cartilha) para orientar melhor a população sobre a estiagem amazônica.
Nível do rio Madeira deve baixar ainda mais, segundo a Defesa Civil
As reuniões da Sala de Crise da Região Norte tem função preventiva, para que a Defesa Civil de cada município afetado possa programar melhor a sua atuação durante o período de severa estiagem amazônica. “As reuniões têm o objetivo de informar, de prevenir a curto, médio e a longo prazo, e juntos traçarmos ações para o enfrentamento da estiagem na região”, reforçou.
Ainda segundo o coordenador, a previsão é que por conta da ausência de chuvas, o nível do rio Madeira deve baixar ainda mais, por conta dos meses de setembro e outubro serem os meses mais críticos da estiagem, sendo outubro um mês de transição entre o verão e inverno amazônico. Para prevenir o município sobre o período de estiagem desse ano, o prefeito Hildon Chaves encaminhou no começo do mês de junho, um documento solicitando providências para o município se preparar para enfrentar uma crise hídrica e possível escassez de água em Porto Velho, ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
CENSIPAM
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) prevê que o verão amazônico de 2024 deve registrar recordes de seca e calor em Rondônia. Para traçar estratégias de enfrentamento da estiagem amazônica, o Censipam, órgão do Ministério da Defesa, realizará nesta quarta-feira (26), reunião com diversos órgãos estatais, visando debater medidas de ação para o período de seca em Porto Velho.
O evento Pré-Seca 2024, trará análises técnicas e o prognóstico hidrometeorológico para os principais rios amazônicos e poderá ser acompanhado virtualmente no canal oficial do Censipam no youtube.
A Defesa Civil esclarece que o nível do rio está em estado de atenção
RISCO DE ALERTA E ORIENTAÇÕES
A Defesa Civil esclarece que o nível do rio está em estado de atenção e de acordo com a defesa, navegações noturnas para locomoção e transporte de cargas já estão sobre cuidados do órgão e a população deve ficar atenta para áreas de riscos que podem ocasionar os desbarrancamentos.
A outra questão importante desse período é o cuidado que deve se ter com a navegação, uma vez que a maioria das comunidades, utiliza as voadeiras e a atenção, segundo a Defesa Civil, deve ser redobrado, principalmente durante a noite. “Abaixo dos 6 metros, voltamos para o estado de alerta e baixando de 4 metros, provavelmente a Marinha decreta estado de alerta, proibindo a navegação noturna e com isso, já compromete bastante a navegabilidade no rio. Já está acontecendo uma diminuição no volume de cargas transportadas”, explicou o coordenador Elias Ribeiro.
Além disso, o volume menor de água no rio Madeira, traz uma aproximação maior com animais predadores. Por isso, a recomendação é que os banhistas evitem o contato com as águas do rio durante o período de estiagem. Em casos de emergência, a população pode acionar o órgão pelos telefones 199 (Nacional), (69) 98473-2112 (contato local) ou ainda chamar uma equipe do Corpo de Bombeiros pelo 193.
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