Deputado exige explicações para áudios vazados de promotora de Justiça envolvendo seu nome
Conversas são atribuídas a Aidee Torquato e o grupo de delegados da Operação Pau Oco
O deputado estadual Jair Montes (Avante) apresentou requerimento à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa solicitando explicações ao procurador-geral de Justiça, Aluildo Oliveira Leite, para a citação de seu nome em áudios vazados atribuídos a promotora de Justiça Aidee Maria Moser Torquato em um grupo de WhatsApp formado por delegados da extinta DRACO II/Cacoal. Na conversa, ela questiona se os agentes ouviram alguma conversa cruzada envolvendo o parlamentar e diz que depois explicaria o caso aos delegados.
No primeiro áudio, ela diz: “... por acaso nos áudios está aparecendo o ... esqueci o nome do sujeito, do deputado, peraí, vou lembrar e já retorno”. No segundo áudio, ela lembra e dispara: “Gente, o Jair Montes tem aparecido nos áudios, alguma coisa do Jair Montes? Deem uma observadinha se ele cruza alguma conversa com ele. Aí quando eu chegar explico pra vocês tá?”. Em sua justificativa para exigir explicações ao MP, Jair Montes interpreta que tanto a promotora Aidee Torquato quanto os delegados estão selecionando alvos para então investigar e não fatos concretos.
“Ora é inconcebível que no atual estágio da nossa democracia, ainda existam vestígios de uma investigação seletiva, onde primeiro é escolhido quem será investigado, para somente após se buscar algo de irregular contra a pessoa”, entende o parlamentar. “Daí que reside a verdadeira gravidade no conteúdo do áudio, qual seja, investigação seletiva. A quem de fato interessa me investigar e ameaçar, e por qual motivo eu fui o escolhido dentre os vinte e quatro deputados estaduais vinculados a essa Casa de Leis? ”, pondera.
Os áudios em que Jair Montes é citado seriam de conversas vazadas do grupo de delegados que discute a Operação Pau Oco, cuja trama, divulgada pela imprensa envolveu até o ex-governador Daniel Pereira. A denúncia é alvo de inquérito do próprio Ministério Público e investigação interna do Tribunal de Justiça, já que os agentes envolveram o nome do seu presidente Walter Waltemberg.
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Comentários
Não vejo porque ter medo de investigações, se não deve não tem porque temer. Numa audiência de instrução que fui em 2018, pedi ao juiz que investigasse minha vida e da outra parte, por mim pode vir MPRO, MPF, PF, PC, PRF, Interpol, FBI nem me preocupo, não devo, logo não temo.
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