Desembargador pioneiro dedica tempo para a produção de obras literárias após aposentadoria

Desta turma, um destaque: o desembargador aposentado Adilson Florêncio de Alencar que ao deixar a magistratura passou a se dedicar a literatura

Assessoria de Comunicação - Ameron
Publicada em 02 de julho de 2021 às 10:51
Desembargador pioneiro dedica tempo para a produção de obras literárias após aposentadoria

Em julho, a primeira turma de magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia comemora 39 anos da posse, ocorrida no dia 26 de julho de 1982. Dos 29 magistrados empossados, dez são falecidos, dois solicitaram exoneração voluntária, apenas um continua a exercer a judicatura e os demais são aposentados. Desta turma, um destaque: o desembargador aposentado Adilson Florêncio de Alencar que ao deixar a magistratura passou a se dedicar a literatura.

Natural de Bodocó, no interior do Maranhão, o desembargador Adilson Florêncio de Alencar, foi o primeiro colocado na primeira edição do concurso para o ingresso na carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia. Tão logo aprovado no certamente, foi nomeado para atuar na comarca de Porto Velho. No dia 15 de dezembro de 1983 ascendeu ao cargo de desembargador do TJRO pelo critério de antiguidade, ocupando a 6ª cadeira na Corte com a vacância decorrente da aposentadoria do desembargador Hélio Fonseca. Aposentado desde 1999, o desembargador Adilson Florêncio de Alencar tem direcionado parte do tempo para escrever obras literárias, pois desde quando jurisdicionava tomava como hobby a redação de poemas, como este:

Possuído pela Paixão

Oh! Sinto e pressinto que vai tudo acabar...

incrível! Não aceito! Não quero acreditar!

Como posso, meu Deus, deixar de te querer,

Se tu tens sido, ó Flor, a razão do meu viver?

Sofro muito, e corre farto o pranto

Enquanto eu escrevo este triste canto.

Jamais te esquecerei, ó Pássaro Azul,

Pois nunca amei alguém tão meiga como tu.

O teu olhar estranho, incrível, penetrante,

Atravessa o meu ser como uma seta errante.

E já me atingiu bem fundo no coração,

Enchendo-me de medo, de espanto e de paixão.

Como posso deixar-te, ó Borboleta louca,

Se tens néctar divino em tua formosa boca!?

Teu corpo de veludo é todo perfumado.

De que fonte divina foi teu corpo gerado?

Longe de ti, confesso, a vida me é amarga

E eu sinto sobre a alma uma pesada carga

Perto de dia, ó Flor, tudo é alegria,

O mundo não tem noite, é um Eterno Dia

 

 

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