Dia do Índio: Em evento, indígena diz que existe dívida com povos por extinção da tribo ‘Arikeme’
Evento realizado nesta terça-feira em Ariquemes reúne indígenas das etnias Tupari e Suruí
Neste dia 19 de abril, em que é celebrado o Dia do Índio, um evento realizado por indígenas das etnias Tupari e Suruí, na Câmara de Vereadores de Ariquemes, faz o resgate da cultura indígena e discute temas sobre o acesso dos indígenas a ferramentas transformadoras, como a educação, por exemplo.
O evento “Todo dia era Dia de Índio” ironiza o que sempre foi dito nessa data, de que o dia dos indígenas é todos os dias, segundo Bigail Tupari, uma das organizadoras do evento.
Bigail, que é a única indígena da região a fazer faculdade, afirma que existe uma dívida de Ariquemes com os indígenas da região. Inclusive, o nome da cidade tem relação com os indígenas de uma tribo que foi extinta.
“Arikeme (nome original) era uma tribo indígena que foi extinta. Existe uma dívida com os indígenas. Não tem aldeia de indígenas tradicionais nesta região. O intuito é promover a cultura indígena de todas as etnias nessa região”, explica.
Bigail cursa agronomia e pretende trabalhar na terra para produzir e conquistar a autonomia para o seu povo.
A cerimônia acontece entre 8h e 12h, com um almoço e tarde cultural na Paróquia Cristo Rei, com a participação de mais de 150 pessoas.
A data foi criada pelo presidente Getúlio Vargas, em 1943, e é resultado de uma proposta de 1940, pelas lideranças indígenas do continente que participaram do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México.
A advogada Cássia Lourenço, que atua em defesa das causas indígenas, foi convidada a participar do evento. “Não podemos esquecer que eles são os verdadeiros donos dessa terra. Devemos respeito e atenção a eles”, disse. Ainda segundo ela, é relevante que mais eventos e debates como este sejam realizados.
O evento contou com apresentações culturais sobre Ariquemes e o contexto indígena, além de destacar a teoria do fogo da etnia Suruí, com música, e apresentações afrodescendentes.
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Além das advogadas, também podem participar homens e sociedade em geral. “A pauta feminina é uma pauta da sociedade”, frisa Lívia Lima, vice-presidente da Comissão
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Comentários
A tribo dos soares também,,,, precisa de terras e de rio para pescar e de uma estrada pra cobrar pedagios...
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