Doentes , na fila e abandonados: é só um exemplo da falta de planejamento e do desrespeito com os mais fracos

Quando as deficiências atingem os serviços de saúde pública, então, tudo se torna ainda pior.

Sergio Pires
Publicada em 03 de julho de 2019 às 09:18
Doentes , na fila e abandonados: é só um exemplo da falta de planejamento e do desrespeito com os mais fracos

Ainda estamos muito longe de sermos uma terra que respeita aqueles que mais precisam de atendimento diferenciado, principalmente quando isso se refere ao serviço público. Temos multidões de servidores, em alguns locais há mais funcionários que cadeiras; a estabilidade não diferencia a maioria dos que se dedicam a tentar fazer o melhor, da minoria que se encosta no trabalho, rezando para ter o menor esforço possível. Pobres dos que dependem desse tipo de mentalidade e desse tipo de atendimento. Tudo piora quando a má vontade se soma à ineficiência, à má gestão; à falta de planejamento e ao desrespeito para com os mais frágeis. Quando as deficiências atingem os serviços de saúde pública, então, tudo se torna ainda pior. Os exemplos são diários e em todos os níveis dos serviços à população. Nessa semana, ocorreu mais um desses episódios lamentáveis, mas que sintetiza exatamente tudo isso, esse serviço deficiente e cheio de mazelas, contra o que tanto se tem reclamado e criticado. O Centro de Especialidades Médicas, o CEM,  da Prefeitura, localizada na esquina das avenidas Rio Madeira com Vieira Cahulla,  já foi um local de referência do melhor atendimento da Capital. O atendimento por médicos especialistas em várias doenças, com horário marcado e durante muito tempo, todos sendo atendidos pontualmente, transformou o CEM num ponto diferenciado de prestação de saúde à população. O verbo está colocado no passado e está certo: foi. Não é mais, há muito tempo. Depois de enfrentar vários problemas, já que chegou inclusive a ser fechado e depois reaberto, o CEM há bastante tempo já não é o mesmo. Agora acabou de entrar para a vala comum de tudo o que não funciona na estrutura de atendimento aos que dele precisam. Desde quinta-feira passada, o sistema de marcação de consulta, de registro de exames e outras informações sobre os pacientes está fora do ar. Só que muitos dos que agendaram consultas sequer foram avisados.

Nesta terça, várias pessoas chegaram na madrugada, para ficar numa fila durante longas horas, esperando serem atendidos de manhã. Por volta das sete horas, quando os funcionários do CEM chegaram para trabalhar, avisaram aos pobres coitados, cansados da espera e imaginando que seriam atendidos, de que todas as consultas estavam canceladas. “Não tem sistema”, foi a informação. Ninguém pensou em, depois de cinco dias, ao menos colocar um cartaz, avisando que não haveria atendimento no dia seguinte. Além de toda a ineficiência do serviço público, os doentes ainda foram humilhados, passando a noite na fila. E saíram, claro, sem terem suas consultas. É uma mescla de falta de planejamento, desorganização e desrespeito para com os mais frágeis, aqueles que mais precisariam ter uma atenção especial. A saúde pública, afora algumas ilhas aqui e ali, é um câncer no Brasil e o é por aqui também. Está na hora de se mudar esse quadro, Não dá mais para se assistir, de braços cruzados, a tanto descaso. É uma vergonha!

JUIZ CONDENA POR PROVAS INVENTADAS

“Talvez a autora e sua testemunha acreditem que a Justiça do Trabalho tenha nomeado um idiota como titular de Rolim de Moura. Para a infelicidade delas, isso não ocorreu. Felicito-as, entretanto, pela criatividade. Seria bem mais fácil ganhar os dois milhões de reais que a Parte Autora pretende na Globo ou na Netflix, como roteirista, do que aqui comigo. Criatividade não lhe falta”. O inusitado texto faz parte de uma sentença emanada de decisão do juiz José Roberto Mendes Junior e foi publicada nos sites OObservador e News Rondônia, entre outros. O caso envolveu uma mulher que foi funcionária de uma emissora de rádio da cidade e teria criado toda uma encenação, para pedir uma indenização de 2 milhões de reais, alegando, entre outras coisas, que era secretária, mas foi fazer serviços externos e teria sofrido grave acidente de trânsito. O tal acidente nunca foi comprovado, assim como uma série de outras alegações. O magistrado, ao analisar tudo, não só recusou o pedido considerado absurdo, como condenou a ex funcionária e outra pessoa, que teria prestado falso testemunho, a pagar indenizações à emissora, além das custas dos advogados, num valor aproximado de 300 mil reais. O teor da decisão tem várias ironias e destrói todas as pseudoprovas, que teriam sido forjadas, segundo o magistrado. O caso ainda tem recurso, mas a decisão em primeira instância demoliu os argumentos que, segundo a Justiça do Trabalho, foram inventadas pela mulher que tentou levantar uma grana preta da rádio. E que se deu mal...

A GUERRA PELAS ESTRADAS

Quem anda comemorando bons resultados, mesmo com o pouco tempo que teve para resolver as coisas, é o coronel Erasmo Meireles, diretor geral do DER. Comandando uma grande equipe, ele tem mobilizado toda a estrutura do órgão, para atacar ao menos os mais graves problemas de estradas não pavimentadas (das quais já melhorou muito as condições em 2.800 quilômetros) e no asfaltamento de algumas rodovias estaduais, a grande maioria delas em péssimo estado. Segundo Meireles, as 14 residências do DER estão atuando em conjunto, em praticamente todas as regiões do Estado. Tem sido dada atenção especial aos pedidos dos deputados, que vão às suas regiões e ouvem pedidos intermináveis da população para melhoria das estradas. O DER está realizando também serviços de patrolamento para reconformação da plataforma das estradas; via aterro, está elevando algumas pistas, para que não sejam mais atingidas pelas águas em época de cheias e também cortando morros, para melhorar a trafegabilidade. Outro trabalho feito em algumas estradas sem asfalto, é o de substituição de pontilhões de madeira por tubos armcos de metal, o que está sendo realizado em vários pontos do Estado,

RECONSTRUINDO RODOVIAS DESTRUÍDAS

A questão das rodovias estaduais, a grande maioria delas com seus asfaltos totalmente destruídos e tão esburacadas como o solo lunar, há, segundo o Coronel Meireles, um grande esforço para melhorar muito as condições de tráfego no menor tempo possível. A intenção é que todas as que estão sendo praticamente reconstruídas em termos e asfalto, estejam em boas condições, quando chegar o inverno do ano que vem. Alguns trechos importantes estão sendo atacados, como os da RO 010, provavelmente com as piores condições de trafegabilidade, atualmente. As obras estão sendo feitas no trecho entre Rolim de Moura e São Miguel do Guaporé. Já na BR 464 (da BR 364 até Theobroma), o serviço também está andando. Outras rodovias importantes em obras de asfaltamento, nesse momento: a RO 133, entre Ji-Paraná e Nova Colina e a RO 460, da BR 421 até Buritis. “Nossa preocupação é atacar todas as frentes possíveis, mas fazendo um serviço eficiente. No inverno amazônico do ano que vem, essas estradas estarão em condições muito melhores”, disse o comandante do DER.

LADRÃO NÃO TEM SOBRENOME

Os marginais continuam se disfarçando de estudantes, para atacar escolas e professores. Nessa semana, aproveitando-se em que a comunidade estava envolvida num arraial, um aluno da escola Lídya Johson, no bairro Costa e Silva, liderou o ataque, coordenando o roubo de 10 note books e vários outros equipamentos. A polícia chegou a ele e aos seus comparsas pouco depois, seguindo pistas deixadas pelos marginais. A eficiência policial (que, aliás, recuperou grande parte dos produtos), contrasta com a vergonhosa legislação de proteção ao crime criada nesse país, já que nem o nome completo do bandido pode ser divulgado. Uma vergonha. Para roubar tem nome e sobrenome. Para aparecer na mídia mostrando o que é, um verdadeiro canalha, aí não pode. A menos, é claro, que seja político. Daí sai nas manchetes em letras garrafais. É uma coisa inacreditável o que estão fazendo com nosso Brasil, com as leis, que deveriam nos proteger, impondo regras abusivas em defesa dos direitos apenas dos criminosos. E pior: não se ouve a gritaria geral contra esse absurdo. E muito menos se fala, no Congresso, em mudar essa legislação amiga do crime.

UM REVALIDA COM PREÇO JUSTO

Dos 7.850 médicos brasileiros que estudaram no exterior e fizeram o exame Revalida, para tentarem o registro para atuarem no seu país, perto de 4.120 conseguiram passar na prova. São em torno de 47 por cento. Todos os demais não atingiram os índices de nota exigidos. O estudo abrangeu cinco anos – entre 2011 e 206 – mas os números  não mudaram, nesses últimos tempos. Rondonienses que estudam na Bolívia, pagando muito menos pelo curso de Medicina, já que por aqui os preços são praticamente proibitivos para quem não é rico, igualmente têm grandes dificuldades não só de passar no exame, como de pagar seus altos custos, para se registrarem por aqui. A deputada Jaqueline Cassol estrou na historia e está propondo mudanças no Revalida, incluindo seus preços abusivos.  “O próprio Ministro da Educação disse que é muito caro fazer o Revalida, então que o Governo cobre, mas o faça sobre um preço justo, para dar oportunidade a mais estudantes para terem chance de terem seus diplomas do exterior, reconhecidos no Brasil, Muitos deles já vão fazer seus cursos no exterior exatamente por não ter condições financeiras para pagar os altíssimos preços cobrados nas Faculdades de Medicina do Brasil. Pois que o governo brasileiro crie condições de que eles tenham acesso ao Revalida, com custos menores”. A parlamentar rondoniense pediu também apoio especial no programa Mais Médicos para os profissionais que se formaram no exterior. Será que ela conseguirá ajudar a quebrar essa barreira tão complexa? Esperemos para ver.

MUITA NOTÍCIA TENDENCIOSA

A visão parcial; o pacotaço de inverdades e a tentativa de mudar a realidade,  com noticiário doentio, divulgado por parte da mídia brasileira, liderada pela TV Globo e pela Folha de São Paulo, mas seguida por vários outros veículos importantes, certamente podem afetar o governo de Jair Bolsonaro e seu esforço para transformar o país. Mas também, sem dúvida alguma, vai mudar para sempre a história da imprensa brasileira. Não há mais imparcialidade. Sempre se questionará., daqui para a frente, qualquer notícia divulgada por esses veículos: estarão contando a verdade ou  estão mentindo para defender seus interesses, como o fazem agora? O que é mais importante: a verdade, doa a quem doer ou a versão, protegida pelo que os grandes veículos que determinaram os rumos do país durante décadas  (mas que hoje não apitam mais com a mesma força), e que ainda teimam em impor à Nação o que pensam?  A TV parcial, que vive do desespero de perder milhões ou até bilhões de reais e até quebrar, por falta de dinheiro público, do qual sempre absorveu grandes fatias, vai suportar até quando, viver da notícia parcial e falsa? E o jornal, que já teve milhões de assinantes, mas que vem minguando, suportará a situação, sem um tostão dos cofres públicos? É uma queda de braço. Não importa o que aconteça, o noticiário falso, parcial e de interesse do veículo, não de quem o assiste ou o lê, vai sair perdendo. A mídia brasileira nunca mais será a mesma.

PERGUNTINHA

O que você achou do circo montado na Câmara Federal, com muitos deputados de oposição tentando criminalizar o ministro Sérgio Moro, que mandou o guru deles, o maior ladrão do país, para a cadeia?

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