Dona Margareth tinha razão: o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros

O problema dos socialistas é, mais que tudo, a realidade. Por que o sonho deles esbarra no mundo real, quando começa a acabar o dinheiro dos outros.

Sergio Pires
Publicada em 07 de maio de 2018 às 08:57
Dona Margareth tinha razão: o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros

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O que se pode dizer dos sonhadores que imaginam um mundo melhor, querem justiça social para todos, querem uma sociedade igualitária e felicidade geral das nações? Que eles são...sonhadores! E que vivem num mundo imaginário, onde a realidade está distante de suas teorias e ideologias, mas que fazem questão de jurar que a verdade está com eles e acabou. Os outros, são os outros. Movidos por esse sentimento, defendem criminosos de forma ferrenha, como o fazem hoje com Lula e outros ladrões do dinheiro público; como fizeram na história com tantos outros, que destruíram muito mais do que construíram; exilaram adversários, mataram milhões deles, mas, para esse mundo ideal do socialismo, o grave erro das vítimas era não abraçar a ideologia que eles queriam impor ao mundo. E a impuseram, em vários países e continentes, ao menos por algum tempo. O problema dos socialistas é, mais que tudo, a realidade. Por que o sonho deles esbarra no mundo real, quando começa a acabar o dinheiro...dos outros. Margareth Tatcher, a Dama de Ferro, criou essa frase genial, que sintetiza muito bem essa verdade. Para o socialista apaixonado, todos que não o são, têm obrigação de trabalhar duro, para fazer dinheiro, porque é o dinheiro que move o mundo. O problema, pensa o ideólogo do esquerdismo, é que, além de ser um gênio, além de ter as grandes ideias, além de ser especial sob todos os aspectos; além de ter que pensar na solução de todos os graves problemas da Humanidade, ele ainda teria que trabalhar ou, pior, repartir o que tem com a plebe ignara? De jeito nenhum! Que trabalhem os descerebrados capitalistas, em busca de uma vida melhor, mas que, com seu suor e com seu dinheiro, sustentem o pensamento e a pureza ideológica deles, os melhores seres humanos.

Maria Ribeiro, uma atriz da Globo, que também é jornalista e escritora, sintetizou de alguma forma o que representa a paixão cega, até com um toque de ingenuidade. Numa entrevista a Leda Nagle, da TVE, Maria disse que Lula foi preso injustamente, porque “na época em que ele roubou, podia roubar”. Daí, segundo ela, mudaram as regras no meio do jogo e não pode mais roubar. Mas que no caso de Lula, ele não sabia que as regras iam mudar. É o mesmo sentimento de paixão que leva um presidente de sindicato de jornalistas a ameaçar um jornalista, porque ele estaria fazendo uma matéria anti Lula. É o mesmo sentimento que leva professores das maiores universidades brasileiras a transformarem suas salas de aula em doutrinação ideológica esquerdista e comunista. Eles sonham. Nós trabalhamos. Enquanto eles tiverem acesso ao nosso dinheiro, o socialismo se expandirá. Quando acabar também nossa grana e eles tiveram que trabalhar duro pela sobrevivência, aí, adeus às mais lindas teorias já criadas neste Planeta. Não se assuste: são apenas reflexões de um domingo de maio...

OS GAYS  E OS EFEITOS COLATERAIS

O caso da criação ou não de um Conselho de Proteção aos Gays e outras minorias, continua enrolado. Na mesa do governador Daniel Pereira, o projeto aprovado na Assembleia Legislativa ainda não foi sancionado e nem vetado. Ele ouviu todos os lados, mas ainda não decidiu o que vai fazer. Já um dos efeitos colaterais do tema, continua rendendo. Atacado por deputados estaduais – que o acusaram de  enriquecimento ilícito – depois que ele postou um vídeo nas redes sociais criticando duramente a aprovação do Conselho pela ALE-RO, o deputado federal Marcos Rogério emitiu nota, atacando e se defendendo. A defesa foi em relação a explicação de seus bens, incluindo um pequeno avião e de terras que possui, “tudo declarado à Receita Federal”, destaca. Já com relação ao tema principal, ele ataca e diz, na nota que “nos últimos dias, o debate em Rondônia tem sido a aprovação de um projeto de lei que cria o conselho LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e outros. Por minha posição contra essa e toda e qualquer iniciativa contra os valores fundamentais da família, estou sendo alvo de intensos ataques. Os defensores dessa matéria tentam confundir a sociedade, atacando minha honra com acusações levianas e rasteiras, que sequer são dignas de resposta”, destacou. Enfim, a guerra continua. E a criação do Conselho? Por enquanto, nada está definido.

RAUPP NÃO PERDE UMA...

O senador Valdir Raupp faz vários mandatos com uma política de resultados. Junto com sua mulher, Marinha Raupp, ele tem conseguido verbas incríveis para Rondônia, saídas do orçamento da União e de fontes que só quem conhece muito bem os meandros do poder (e do governo) consegue alcançar. Raupp vem se reelegendo sempre, graças a essas ações. Nos últimos tempos, contudo, tem sido alvo de uma dura campanha, alguma coisa vinda mesmo de denúncias do MP e da Procuradoria Geral da República, mas, na maioria dos casos, multiplicadas, ampliadas, tornadas exageradas pelos criminosos das redes sociais, que agem, é claro, a serviço dos adversários do senador do MDB. A campanha contra Raupp é duríssima. O problema para a turma da vilania, que inventa factoides, misturando-os com simples denúncias, é que uma por uma, as acusações contra o senador vão caindo por terra. Na última, a própria Procuradoria pediu arquivamento de uma denúncia podre, que teria surgido numa delação premiada, de que Raupp teria beneficiado, com seu poder político, a uma empreiteira gaúcha. O único caso real contra ele, até agora, é o recebimento de 500 mil reais, que ele declarou à Justiça Eleitoral e que foi usado na campanha do seu partido. Afora isso, Raupp está ganhando todas. Os canalhas das redes sociais, contudo, fazem de conta que isso não conta...

HILDON E A DURA OPOSIÇÃO

Não está fácil a vida do prefeito Hildon Chaves. Onde ele quer por a mão para mudar, mesmo em tentativas que sequer ainda se consolidaram, já recebe duras críticas dos adversários. Aliás, embora mantenha maioria na Câmara, Hildon sofre com opositores entre os mais destacados vereadores, como o mais votado, Aleks Palitot; a segunda mais votada e líder sindicalista, que dedica seu mandato apenas para resolver problemas dos servidores, Elis Regina e a jovem vereadora Cristiane Lopes, que é pré candidata à Câmara Federal. O quarto voto contrário na Câmara é da vereadora Ada Boabaid, que faz muito barulho, com seus duros discursos. Na batalha em busca de uma alternativa viável para melhorar a saúde pública, que está perto do caos, Hildon quer fazer parcerias com organizações sociais, as OSS. Sequer começou o projeto e já há uma forte campanha contra, vinda do grupo opositor na Câmara e de servidores públicos, que temem perder privilégios com o novo sistema. Não se ouve discussão, até agora, se o novo sistema será bom ou não para a população. Isso deve ser secundário, claro!

QUARTETO PARA O SENADO

Falando no Senado, os pré candidatos já estão no trecho, anunciando-se, claro, como pré candidatos, mas apenas para cumprir a legislação eleitoral, já que todos estão em campanha aberta. Pelos nomes que estão postos, há quatro deles com chances reais  de chegar às duas vagas que estarão em disputa. Seriam cinco, mas Expedito Júnior ainda não definiu se vai ao Senado ou ao Governo.  Confúcio Moura, que deixou o Governo com aprovação em alta (acima dos 75 por cento, segundo pesquisa feita pouco antes da saída, encomendada por seus apoiadores), começa com chances boas. Vai concorrer e garante que estará no mesmo palanque de Valdir Raupp, seu companheiro de MDB. Ambos querem chegar juntos ao Senado. O que eles precisam fazer é combinar isso com Jesualdo Pires, o ex deputado estadual e ex prefeito de Ji-Paraná, cujo nome vem tendo enorme aceitação em todas as regiões do Estado. Nesse momento e se a eleição fosse hoje, Jesualdo seria a grande pedra no sapato, no contexto das pretensões de Confúcio e Raupp. Mas há ainda um quarto elemento, esse com grande aceitação entre o eleitorado de Porto Velho. Trata-se do professor e pastor Aluízio Vidal, que só não assusta mais, porque não tem estrutura e nem dinheiro suficientes para ampliar sua campanha ao interior. Se dependesse só da Capital, uma das duas cadeiras seria dele, dizem as pesquisas. Ou seja, é uma disputa daqueles duríssimas, entre o quarteto. Haverá, claro, mais uma meia dúzia de postulantes, mas até agora, a princípio, nenhum deles com chances reais.

TRÊS GRUPOS NA LUTA PELO GOVERNO

No caminho da corrida pelo Governo, dois dos principais postulantes ainda não têm certeza de que poderão concorrer, a não ser que decidam fazê-lo sub judice. O principal nome, que aparece liderando em praticamente todas as pesquisas, Ivo Cassol, ainda depende de interpretação judicial, para saber se poderá ter seu nome e sua foto na urna, em outubro. Se ele não puder, o grupo dele deve apoiar Expedito Júnior, que seria o nome tucano à sucessão estadual. Se ele decidir pelo Senado, o PSDB poderá vir com Mariana Carvalho. O outro caso é de Acir Gurgacz. Também condenado, ele pode ficar fora pela Lei da Ficha Limpa. Continua fazendo campanha normalmente, mas na Hora H, caso não puder disputar, o caminho seria apoiar quem? Isso mesmo: Daniel Pereira, que teria então uma candidatura viável caindo no seu colo, como caiu o cargo de vice governador, que acabou por transformá-lo em Governador. Ficaria então o grupo de Cassol e Expedito contra o de Gurgacz e Daniel Pereira, brigando entre si e contra Maurão de Carvalho, o candidato do MDB que já está com sua candidatura consolidada. Haveria uma quarta via? Claro que ainda podem surgir surpresas e nomes novos, como por exemplo o do jovem Vinicius Miguel. Mas, pelo andar da carruagem, serão os grupos mais poderosos mesmo, os que terão chances reais de chegar ao governo.

PERDEU O BONDE DA HISTÓRIA

Enfim, depois de tanta conversa, o STF decidiu não colocar o dedo na ferida e nem realizar uma cirurgia que pudesse estancar a doença e curá-la, totalmente. Perderam, os ministros (com exceção de Dias Toffoli e Gilmar Mendes), a oportunidade histórica de dar um fim ao regime de Foro Privilegiado, colocando na condição de cidadãos comuns, quando sob julgamento, mais de 38 mil autoridades deste país, protegidas pelo manto que pode significar a impunidade. No final das contas, a decisão desta semana atinge apenas 1 por cento dos detentores dessa vantagem e chega a  apenas parlamentares, que tenham praticado algum delito durante seu mandato. Muito pouco. Muito barulho por quase nada. Na verdade, o Supremo deixou passar, entre suas mãos, a oportunidade que a História lhe colocou no caminho, de tomar uma decisão que, se completa, poderia mudar radicalmente os destinos do País. Com o que decidiu, deixou pelo menos 37 mil brasileiros com super poderes, só prestando contas a instâncias infinitamente superiores. O STF atestou, oficialmente, que somos um país divido em castas. Nessa caso, a casta dos que podem ser punidos e a dos que só o serão em casos raríssimos. Lamentável para o Brasil. Lamentável para todos os brasileiros!

PERGUNTINHAS

Qual a sua opinião sobre a criação de Conselhos e outros meios de Defesa de grupos sociais e minorias? Você aprova ou não a criação do Conselho de Proteção aos Gays em Rondônia?

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