É preciso ter consciência na hora de votar

Umas das vantagens (dentre tantas) do regime democrático é a possibilidade que tem o cidadão de dizer um sonoro não aquele candidato que se mostrou indigno no exercício da função pública.

Valdemir Caldas
Publicada em 27 de junho de 2018 às 11:14

Umas das vantagens (dentre tantas) do regime democrático é a possibilidade que tem o cidadão de dizer um sonoro não aquele candidato que se mostrou indigno no exercício da função pública. É na eleição, portanto, que o eleitor tem a oportunidade de proceder às correções necessárias, de cortar o mal pela raiz, negando seu voto aos vendilhões da consciência social, que não resistiram à tentação do vil metal e mergulharam de cabeça nas águas turvas da corrupção e, agora, a menos de quatro meses do pleito, tentam posar de puritanos, confundindo incautos e lhes pedindo votos, sustentando discurso que não passa das vãs e conhecidas promessas de campanha.

Resultado dessa desfaçatez e, em grande medida produto da desatenção da sociedade, acusados de desvio e mau uso de verbas públicas têm seus nomes registrados e passam a disputar os votos de eleitores cada dia mais confusos e desorientados. Aqui mesmo, a simples leitura de alguns pré-candidatos aos mais diferentes cargos da República permite destacar muitos que estão enrolados até os fios de cabelo com a Justiça, seja porque tenham aplicado irregularmente recursos públicos que lhes cumpria administrar, seja porque se tenham aproveitado do exercício da função pública para aumentar injustificadamente seu patrimônio. São pessoas que, em qualquer sociedade minimamente preocupada com a ética, deveriam manter-se ao largo do processo eleitoral.

Quando um secretário municipal, por exemplo, mete os pés pelas mãos, compete ao prefeito exonerá-lo ou mantê-lo no cargo, a despeito de sua conduta negativa. No caso do eleito (seja presidente da República, governador, senador, deputado federal, estadual, prefeito ou vereador) pode ser negada uma nova oportunidade do exercício do mandato popular. Assim, o voto, exercido com certa periodicidade, faz recair sobre os ombros do eleitor o verdadeiro poder de decisão sobre seu próprio destino. Novas eleições se aproximam. A sociedade que se não cansa de exaltar a democracia e suas virtudes precisa também ter consciência na hora de escolher os que vão representá-la.

Comentários

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    altemir roque 27/06/2018

    O sonoro não aos candidatos imprestáveis e inúteis à sociedade comporta algumas considerações. No regime democrático onde os eleitores não fazem papel de idiotas utéis, isto é, são esclarecidos e críticos politicamente falando (no brasil boa parte de quem tem nível superior são analfabetos funcionais), há troca desses políticos (Eça de Queiróz já dizia: as fraudas e os políticos devem ser trocados constantemente e pela mesma razão). Contudo, no Brasil democrático onde os partidos são feudos e agem sob um programa de fisiologismo e paternalismo, qualquer mudança fica comprometida. eleitores fazendo papel de idiotas utéis (linguagem de Lênin) mais falta de opção patrocinada pelos partidos, dessa equação resulta a constante eleição de Marinha Raupp, Valdir Raupp, Renan Calheiros, Paulo Maluf, Lula, Dilma, Romero Jucá e por ai vai a lista. Logo, o sonoro não me parece bem distante da realidade política brasileira.

  • 2
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    Jotinha 27/06/2018

    Infelizmente não é o que estamos assistindo aqui em RO. Vejam que são os pretensos candidatos em ascensão, as mesmas figurinhas carimbadas de sempre. como renovar dessa maneira?

  • 3
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    j paulo 27/06/2018

    Mesmo para quem não tem instrução suficiente para despertar a consciencia, o segredo é não reeleger nenhum politico mesmo que em outro cargo e nenhum parente ainda que iniciante. Política não é profissão nem bem de família.,

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