EFMM completa 111 anos com complexo revitalizado e resgate da história de Porto Velho

Ferrovia foi um dos empreendimentos mais ousados do último século e se une com a história do município

Texto: Pedro Bentes Foto: Leandro Morais
Publicada em 01 de agosto de 2023 às 09:10

Considerada por muitos o marco zero de Porto Velho, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) completa, nesta terça-feira (1º), 111 anos de história. Dos desafios para a sua construção, passando pela era de ouro da borracha até o seu declínio, a ferrovia tem sua história confundida com a do município.

Revitalização do complexo foi um investimento de cerca de R$ 30 milhõesRevitalização do complexo foi um investimento de cerca de R$ 30 milhões

Atualmente, o complexo da EFMM está totalmente revitalizado após investimento de cerca de R$ 30 milhões, oriundos de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio e contrapartida da Prefeitura. Após a assinatura do contrato de concessão do complexo da EFMM com a empresa concessionária vencedora da licitação pública, o município realizou a entrega das chaves. A partir disso, conforme estipulado em contrato, a empresa tem até o dia 21 de outubro para efetivar a abertura do local ao público.

A EFMM vai ganhar um museu próprio dentro do complexo. Uma demanda antiga de historiadores e da população, o museu vai retratar desde o começo até a conclusão do ousado empreendimento.

“Será uma linha de comunicação moderna que vai ligar o visitante à história da ferrovia. Será uma oportunidade de conhecer um pouco mais desta que foi uma das obras mais desafiadoras da época”, lembra o prefeito.

Agora a EFMM ganha um museu próprio dentro do complexoAgora a EFMM ganha um museu próprio dentro do complexo

Para os historiadores, a esperança é de que também ocorra um resgate da identidade e do senso de pertencimento.

“Porto Velho deve sua existência a esse grande empreendimento que foi a EFMM. Por isso, vivenciar novamente esses galpões, as locomotivas, é muito importante. É ter noção de que pessoas trabalharam e morreram para tornar nossa capital o que ela é hoje. É sobre vivenciar uma aprendizagem. Por isso, parabéns aos entes envolvidos neste processo, por reconhecerem o valor que isso tem para todos nós”, acrescenta o historiador Célio Leandro.

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