Em Rondônia, Funai encoraja mulheres indígenas a terem participação na luta por direitos
A Funai mudou para estar ao lado dos povos indígenas. A gente sabe que nós, como mulheres indígenas, somos aquelas que têm sensibilidade, mas também sensatez
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) reafirmou na quarta-feira (11) o compromisso de defender os direitos territoriais e sociais dos povos indígenas. Foi durante a IX Assembleia da Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR), na aldeia Paygap, na Terra Indígena Igarapé Lourdes, em Ji-Paraná (RO). A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, participou do evento acompanhando a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Na ocasião, Joenia encorajou as mulheres a terem participação ativa nas suas comunidades e nas relações institucionais para lutarem por direitos.
“A Funai mudou para estar ao lado dos povos indígenas. A gente sabe que nós, como mulheres indígenas, somos aquelas que têm sensibilidade, mas também sensatez. Temos a visão solidária, mas também a visão holística. E a nossa visão holística é a de estarmos todos juntos, seja no MPI, na Funai, no Congresso Nacional ou em outros assentos importantes. A luta é uma só, que é avançar no processo de demarcação, não importa o tempo que durar”, reforçou a presidenta da Funai.
Joenia Wapichana, presidenta da Funai, reforçou a importância da participação feminina nas relações institucionais para incidir sobre a efetivação de direitos coletivos dos povos indígenas | Foto: Mre Gavião/MPI
Joenia encorajou as mulheres de Rondônia citando como exemplo o diálogo que a Funai vem tendo com o governo do estado do Ceará, que se dispôs a colaborar com a autarquia indigenista para atender os povos que lá vivem. Esse diálogo foi estabelecido por meio de tratativas com a secretária dos Povos Indígenas, Juliana Alves, que também é indígena.
“Por isso que a gente encoraja as mulheres indígenas também a militarem nos Estados e nos municípios. Para fazer com que esse trabalho seja compartilhado [com os entes federativos]. E graças a essa parceria no Ceará, estão andando algumas questões que a Funai não ia dar conta sozinha. A Funai não pode assumir a responsabilidade total das terras indígenas. E a gente está nessa linha de articular ações interministariais”, ressaltou Joenia Wapichana, se referindo aos demais papeis da autarquia indigenista, como a fiscalização, proteção territorial e demarcação de terras indígenas.
No evento, após ouvir as demandas das mulheres indígenas de Rondônia, a presidenta da Funai informou como a instituição tem executado a política indigenista nesse período de um ano e oito meses, com apoio do MPI.
Lucia Alberta, diretora da DPDS/Funai, falou das atividades que a Funai desenvolve e como a autarquia pode atender às demandas apresentadas | Foto: Mre Gavião/MPI
A diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, também reafirmou que, desde a promulgação de 1988, os povos indígenas deixaram de ser tutelados pela Funai e a política indigenista passou a ser assumida por diferentes órgãos federais, além dos Estados e municípios. “O nosso papel é cobrar que esses direitos sejam garantidos e ajudar os povos indígenas a conhecerem seus direitos”, ressaltou.
Lucia Alberta também falou das atividades que a Funai desenvolve e como a autarquia pode atender às demandas apresentadas pelas mulheres para fortalecer o artesanato, o etnodesenvolvimento, a produção agrícola, escoar produtos, entre outras. E explicou o fluxo de atendimento por meio das unidades descentralizadas da Fundação.
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