Em tempos de isolamento, eliminação de criadouros domésticos é essencial contra dengue, zika e chikungunya em Rondônia
De janeiro a março de 2020 foram confirmados 517 casos de dengue, contra apenas 82 casos durante todo o ano de 2019
O momento de isolamento das famílias nos lares, para se protegerem da Covid-19, é uma boa oportunidade para realizar as ações de limpeza necessárias no combate à proliferação de criadouros do aedes aegypti em Rondônia. Segundo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), mesmo devotando todo esforço no combate ao coronavírus, conter o avanço de doenças como a dengue, zika e chikungunya tem sido um desdobramento do Governo de Rondônia, devido ao registro de aumento das ocorrências em 530%, nos últimos três meses.
De janeiro a março de 2020 foram confirmados 517 casos de dengue, contra apenas 82 casos durante todo o ano de 2019. Por este motivo, segundo a enfermeira Bárbara Moura, coordenadora estadual de Vigilância e Controle do Aedes da Agevisa, as instituições governamentais do setor de saúde – Estado e municípios – precisam continuar com o desenvolvimento de ações para o controle e combate dessas doenças, de forma a evitar outro grave problema de saúde pública, como já está ocorrendo em relação à disseminação do coronavírus.
Alguns municípios que registraram mais ocorrências do aedes aegypti foram Vilhena, Cerejeiras, Ariquemes, Alto Alegre dos Parecis, Cabixi e Parecis, consequentemente, casos de dengue, zika e chikungunya. O que exige providências mais específicas e diretas, como fumacê para evitar o pior, lembrando que não basta passar o fumacê, pois não elimina o ovo e tampouco a larva.
“Daí a necessidade da participação de todos na eliminação dos criadouros domésticos”, disse a coordenadora.
Fumacê pode auxiliar, mas não elimina o ovo e larva do aedos aegypti.
Segundo a Coordenação de Vigilância e Controle do Aedes, a Agevisa suspendeu temporariamente o Levantamento de Índice Rápido (Lira), para adoção de outras medidas consideradas mais importantes no momento, como as visitas (vistorias) de casa em casa, que levam orientação às famílias sobre a importância da limpeza, com a eliminação de lixo, que é considerado o principal ambiente para proliferação do mosquito, além de outras medidas igualmente importantes, simples e eficazes na luta contra o aedes.
CONVOCANDO A POPULAÇÃO
Segundo a Agevisa, embora dengue, zika e chikungunya sejam doenças que podem ser controladas e evitadas, podem também ser letais, e assumir um caráter de epidemia se não houver uma união de forças para seu combate. Por esse motivo, importa destacar a participação de toda a população do Estado, em especial os gestores municipais, no intuito de desenvolverem medidas preventivas de combate ao vetor dessas doenças.
No período chuvoso é preciso estar ainda mais atenta a esta situação que merece todo zelo. “Pode parecer simplório, mas essas ocorrências podem ser controladas e até evitadas com a destinação correta do lixo doméstico e com o monitoramento dos recipientes que podem acumular água”, apelou a coordenadora da Agevisa, para que as famílias rondonienses fiquem atentas e redobrem cuidados na eliminação de possíveis criadouros do aedes aegypti.
Moura ensinou que neste período de reclusão em casa, pelo menos uma vez por semana, é possível retirar lixo e o entulho do quintal e fazer uma minuciosa investigação dos criadouros, observando a disposição de garrafas, pneus, vasilhames e até cacos (de vidro em muros) que acumulam água e, por consequência, torna-se ambiente propício para o depósito dos ovos e eclosão das larvas do mosquito.
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