Apesar da aparente normalidade, a política vilhenense vive, nos últimos dias, em clima de tensão máxima, por conta de uma batalha travada nos bastidores entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores. De um lado e de outro, ameaças veladas são disparadas e farta munição vem sendo estocada, para ser usada no momento do confronto, que parece inevitável.

O FOLHA DO SUL ON LINE teve acesso apenas ao arsenal que pode ser usado legalmente, mas há indícios de que existe lama para ser usada de um lado e do outro: são ataques pessoais, alguns inclusive capazes de manchar a honra e destruir relações familiares.

E, nesta queda-de-braço, CPIs estão sendo propostas e abertas como arma política. A que já está instaurada investiga o vereador Marcos Cabeludo (PH), a quem a turma ligada à família Donadon quer derrubar, para levar à Câmara o primeiro suplente dele, Josué Donadon (PMDB), atual secretário de Obras.

Na fila da degola, estariam ainda os oposicionistas Célio Batista (PR), França Silva (PV) e Ronildo Macedo. O primeiro já foi denunciado por aliados dos Donadon e deve enfrentar uma CPI. Contra os outros dois, ameaças são disparadas discretamente. No caso de Ronildo, os adversários prometem questionar na justiça sua eleição como presidente da Câmara no biênio 2019-2020.

Já os vereadores rebelados acenam com a abertura de uma CPI para investigar a prefeita Rosani Donadon (PMDB). A ideia é responsabilizá-la pelo desvio de combustíveis na Semosp, Pasta comandada por seu cunhado.

No meio desta guerra de nervos, sobra até para o vice-prefeito Darci Cerutti (DEM), acusado de estar tramando a derrubada de Rosani junto aos vereadores. Coisa que ele nega.