Empresário e mais 4 pessoas são indiciadas pela morte do prefeito de Colniza

Mendes foi assassinado a tiros, no último dia 15, quando chegava à zona rural de Colniza, a mil quilômetros de Cuiabá.

Helena Martins - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 27 de dezembro de 2017 às 08:55
Empresário e mais 4 pessoas são indiciadas pela morte do prefeito de Colniza

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso indiciará cinco pessoas no inquérito policial que investiga a morte do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, de 61 anos. Um empresário do ramo de rede de combustíveis e táxi-aéreo é acusado de mandante do crime, que teria sido motivado por dívidas do prefeito com o empresário, segundo informações divulgadas pela polícia, nesta terça-feira (26).

Mendes foi assassinado a tiros, no último dia 15, quando chegava à zona rural de Colniza, a mil quilômetros de Cuiabá. Os acusados responderão pelos crimes de homicídio qualificado, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e associação criminosa, bem como pela tentativa de homicídio do secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, de 41 anos, que estava com o prefeito no momento do crime. Santos chegou a ser baleado na perna e nas costas, mas sobreviveu.

De acordo com as investigações, duas pessoas oriundas do Pará foram arregimentadas para participar da execução. No mesmo dia, os três suspeitos foram autuados em flagrante quando fugiam pela estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira. Depois, a esposa do empresário teve o mandado de prisão temporária cumprido e o irmão do suspeito, um adolescente de 15 anos, foi apreendido por participação na ação criminosa. Ele responderá por ato infracional análogo aos crimes pelos quais foram indiciados os adultos.

O delegado de Colniza, Edison Pick, disse hoje que a mulher tinha conhecimento do crime e acobertou a ação do marido. A Polícia Judiciária detalhou que o irmão confessou que auxiliou a fuga dos suspeitos, mas negou que soubesse previamente da ação. A esposa, que é médica, optou por permanecer calada durante o interrogatório. O delegado informou que pedirá a conversão da prisão temporária dela em preventiva. Segundo a assessoria da polícia, os dois arregimentados confessaram o crime. Já o empresário também optou por ficar em silêncio, durante o interrogatório.

O inquérito detalha que os presos informaram que quatro armas de fogo foram utilizadas no crime. Até agora, apenas um revólver calibre 38 e um fuzil 22 foram encontrados pela Polícia Militar. Os outros armamentos teriam sido jogados em um rio e estão sendo alvo de busca pelo Corpo de Bombeiros. Uma caminhonete que teria sido usada na ação também foi localizada a cerca de 15 quilômetros de Colniza.

Em decorrência do assassinato, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso deflagrou, no dia 18, a operação integrada Colniza Segura, com o objetivo de garantir a estabilidade e diminuir os índices criminais na cidade. A força-tarefa, que durará 60 dias, conta com a participação da Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Politec e do Corpo de Bombeiros.

Winz

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