Enfim, votamos!

Os resultados das eleições mostraram que a maioria esmagadora da população está saturada com as velhas raposas da política.

Valdemir Caldas
Publicada em 29 de outubro de 2018 às 11:04
Enfim, votamos!

(*) Valdemir Caldas

Jair Bolsonaro é eleito presidente da República Federativa do Brasil com quase quinhentos e oitenta milhões de votos. Massacrou seu adversário, o petista Fernando Haddad, que teve uma atuação melancólica. Foi uma dupla vitória. Bolsonaro não somente derrotou Haddad, como também sepultou as pretensões do petismo de retornar ao Palácio do Planalto e, destarte, continuar a ciranda da corrupção.

Se havia alguma possibilidade de o ex-presidente Lula deixar a carceragem da Policia Federal antes do prazo, por meio de um indulto, detonou-a Bolsonaro, que se elegeu por um partido nanico, sem o apoio de grandes grupos empresariais e, o que é mais impressionante, sem recorrer ao dinheiro do fundo eleitoral, como ele mesmo disse. Sua campanha teria sido bancada com recursos de amigos e simpatizantes.

O PT perdeu a eleição, mas não perdeu a empáfia. O próprio Haddad é exemplo disso. Ele agradeceu os votos angariados nas urnas, porém não teve humildade suficiente para reconhecer a vitória de seu oponente. Deselegante, sequer cumprimentou seu adversário. No segundo turno, evitou falar do “golpe contra sua companheira de partido Dilma Rousseff da perseguição política ao ex-presidente Lula”. Terminada a contagem dos votos, o Haddad paz e amor deixou cair à máscara, lançando mão da velha e surrada cartilha petista, evidenciando que só queria mesmo os votos dos incautos, mas se estrepou. Agora, vai chorar na cama que é lugar quente.

Em Rondônia, a situação foi pior. O candidato ao governo do Estado, Expedito Junior, perdeu duas vezes. A primeira, para o iniciante na política Coronel Marcos Rocha (PSL). A segunda, para as abstenções, emplacando, assim, sua terceira derrota ao palácio Getúlio Vargas. Talvez, agora, quem sabe, ele resolva pendurar as chuteiras de uma vez. O PSDB errou na escolha. Deveria ter apostado suas fichas na juventude, na disposição e no talento do presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Maurício Carvalho, cuja atuação tem sido alvo dos melhores elogios. Os resultados das eleições mostraram que a maioria esmagadora da população está saturada com as velhas raposas da política.

Expedito não perdeu sozinho. Seu partido, o PSDB, saiu da disputa direto para o divã. Quem mais saiu ferido na contenda eleitoral, porém, foi o prefeito doutor Hildon Chaves. Eleito com quase cento e cinquenta mil votos, no segundo turno da eleição para a prefeitura de Porto Velho, ele revelou-se um péssimo cabo eleitoral, resultado do desastre que tem sido a sua atuação a frente da prefeitura da capital.

A partir de agora, é orar para que tanto Bolsonaro como o Coronel Rocha cumpram o que prometeram ao povo, desempenhando seus mandatos com honestidade, seriedade, responsabilidade e respeito à população, independente de coloração partidária, sexo, cor, religião ou classe social, pois, como ensina o livro de Provérbios (29:2), “Quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”.

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