Estado do Rio registrou um crime a cada 39 segundos em 2016, diz Firjan

Segundo o levantamento, ocorreram mais de 811 mil crimes no ano passado em todo o estado.

​​​​​​​Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 01 de junho de 2017 às 13:55

O estado do Rio de Janeiro registrou um crime a cada 39 segundos em 2016, de acordo com o do estudo Avanço da criminalidade no estado do Rio de Janeiro - Retrato e propostas para a segurança públicadivulgado hoje (1º) pelo Sistema Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo o levantamento, ocorreram mais de 811 mil crimes no ano passado em todo o estado.

Na avaliação da Firjan, a crise econômica do estado e dos municípios contribui diretamente para o agravamento da situação, por conta da redução da presença das forças de segurança pública nas ruas e também das ações de investigação.

O estudo destaca que o estado do Rio se tornou o mais perigoso do país para o transporte de cargas, com quase 10 mil registros de roubo no ano passado. É a maior incidência desse tipo de crime em 25 anos. O número equivale a 43,7% das ocorrências nacionais e o custo foi de R$ 619 milhões. O aumento pode estar relacionado, segundo a Firjan, à estratégia de financiamento das facções criminosas, que têm utilizado o produto roubado para a compra de drogas e armas, financiando o tráfico internacional.

No estudo, a entidade também aponta que os roubos são facilitados pela fragilidade das fronteiras estaduais e nacionais. No caso estadual, por exemplo, a Firjan chama a atenção para o déficit no quadro da Polícia Rodoviária Federal. Em todo o país, faltam 2.716 policiais, ou 21% do que seria necessário, de acordo com a legislação. N estado do Rio, o déficit é de 28,3% em relação ao início da década de 2000.

A Firjan propõe a criação de um Cinturão de Segurança Rodoviária Integrada entre Polícia Rodoviária Federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e as secretarias estaduais de Segurança Pública, Fazenda e Saúde. Esses postos de fiscalização conjunta de órgãos federais e estaduais ficariam localizados em pontos estratégicos das rodovias e portos.

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