Estados criticam recuo da Anvisa e dizem que agência atrasará vacina russa
A Anvisa exigiu o início de estudo clínico feito no Brasil para analisar o pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V. "Uma vez que a Sputnik tem estudos com 44 mil pessoas, o que vai agregar um estudo feito no Brasil com 5.000?", questionou Fabio Vilas-Boas, secretário de Saúde da Bahia
Ampolas da potencial vacina russa contra Covid-19 "Sputnik-V" (Foto: REUTERS/Tatyana Makeyeva)
Secretários de Saúde ficaram revoltados com ato da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, segundo os dirigentes, deve causar mais demora para a liberação da vacina russa Sputnik V. Em medida provisória este ano, o órgão exigiu o início de estudo clínico feito no Brasil para analisar o pedido de uso emergencial.
Gestores da saúde afirmaram que, em dezembro, Meiruze Freitas, diretora da agência, comprometeu-se a não impor esse obstáculo. "Considero um absurdo sem precedente", disse Fabio Vilas-Boas, secretário da Bahia. O relato foi publicado pela coluna Painel.
"Uma vez que a Sputnik tem estudos com 44 mil pessoas, o que vai agregar um estudo feito no Brasil com 5.000? Não somos jacarés e eles seres humanos", acrescentou.
Autoridades russas disseram nesta quarta-feira (13) que pretendem fazer o pedido de registro emergencial ainda nesta semana.
O laboratório russo Gamaleya anunciou no mês passado que a vacina tem eficácia de 91,4% contra o coronavírus, e desde dezembro tem sido utilizada na Argentina.
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