Estados da Amazônia debatem estratégia de baixas emissões de carbono baseado no peixe

Pesquisadores, produtores e autoridades de órgãos ambientais de toda região norte estão reunidos em prol de uma estratégia de baixas emissões de carbono baseado no peixe

Dhiony Costa e Silva Fotos: Frank Neri e Arquivo
Publicada em 26 de outubro de 2019 às 09:43
Estados da Amazônia debatem estratégia de baixas emissões de carbono baseado no peixe

Durante a manhã de sexta-feira (25) pesquisadores, produtores e autoridades de órgãos ambientais de toda região norte estão reunidos em prol de uma estratégia de baixas emissões de carbono baseado no peixe. “Aqui é para apresentar e avaliar a realidade atual e as tendências. E a partir daí identificar as oportunidades para o futuro, os gargalos e as barreiras a serem resolvidas. Assim, a gente vai avançar o potencial do peixe, tanto nos rios, nos lagos e nos tanques,” explica o vice-diretor da Earth Innovation Institute e professor da  Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), David Gibbs Mcgrath. 

O evento faz parte do seminário “Oportunidades REDD+ Rondônia para Amazônia”, que teve início na quarta-feira (23), com foco na discussão das políticas para desenvolvimento sustentável na Amazônia, redução de emissão de gases e conservação dos recursos naturais e promoção da igualdade social e desenvolvimento econômico para a população estadual. 

As apresentações foram divididas em eixos temáticos como contexto produtivo nos estados da Amazônia; Políticas públicas para aquicultura e pesca nos estados da Amazônia; Um painel com objetivo de debater as potencialidade e desafios para exportação e finalizando as discussões com a apresentação de proposta de projeto de apoio ao desenvolvimento de baixas emissões baseada no peixe com os principais elementos, parceiros e financiamentos. 

Para Eliezer de Oliveira, assessor ambiental na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia (Sedam) descreve que hoje existe um grande trabalho no mundo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e muitas dessas emissões estão ligadas ao uso da terra, ou seja, avanço da pecuária e da agricultura.

“Isso é benéfico para a população mundial e para a sociedade, mas também causa impactos ao meio ambiente. E a ideia aqui não é de acabar com essas produções, mas apresentar alternativas econômicas de baixo impacto. E a piscicultura e a aquicultura fazem parte dessas ações, que podem ser trabalhadas em poucos espaços e trazer grandes ganhos econômicos e diminuir os impactos ambientais”, descreveu Oliveira.   

Oliveira disse ainda que uma das estratégias do Estado de Rondônia quanto à piscicultura na liderança de produção de peixes nativos em cativeiro é a exportação que abrange grandes cenários, sendo eles o andino, americano e asiático. “Estamos olhando para os grandes mercados mundiais, porque essa é uma estratégia do Estado de Rondônia, pois temos a liderança nacional em produção de pescado de cativeiro, e nós estamos discutindo hoje os cenários Andino, Americano a China”. 

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