Evento importante na Casa da Cultura: o Centenário do AM

A principal promoção do calendário de eventos do Centenário do Jornal Alto Madeira acontece nesse sábado, dia 15, com o lançamento do selo postal de 100 anos e a exposição sobre a vida do jornal, às 19 horas na Casa de Cultura Ivan Marrocos.

Gessi Taborda 
Publicada em 15 de abril de 2017 às 09:29

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FILOSOFANDO

“A linguagem política destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável.” GEORGE ORWELL(1903/1950) era o  pseudônimo usado por Eric Arthur Blair, escritor, jornalista, ensaísta e político inglês nascido na Índia Britânica (Bengala) quando o país era simples colônia inglesa.

CENTENÁRIO

A principal promoção do calendário de eventos do Centenário do Jornal Alto Madeira acontece nesse sábado, dia 15, com o lançamento do selo postal de 100 anos e a exposição sobre a vida do jornal, às 19 horas na Casa de Cultura Ivan Marrocos (nome do saudoso editor do AM), bem no centro de Porto Velho.

ESPECIAL

E também em comemoração da data, a edição de hoje do AM é especial, com matérias assinadas por vários jornalistas e colaboradores que frequentaram ou ainda estão presentes no dia-a-dia de suas páginas. O editorial – como não poderia deixar de ser, do mestre e decano do jornalismo rondoniense, o diretor geral da publicação, Euro Tourinho, vai destacar que a vocação desse hebdô centenário sempre foi e continua sendo a liberdade.

No geral, os demais textos especiais seguirá o mesmo condão, sobre a importância da informação livre e sobre o patrimônio cultural em que se converteu o AM ao longo dos 100 anos de circulação. Graças a muitas das intervenções do Alto Madeira – da defesa de bandeiras históricas – Porto Velho chegou aos dias de hoje com essa feição cosmopolita que permite à cidade consolidar em futuro breve o cenário moderno-eclético e, sobretudo, republicano, o que é a aspiração da maioria de seus moradores.

OBVIO ULULANTE

Deu em toda a imprensa amestrada e sempre disposta a blindar Valdir Raupp et caterva: “Raupp nega acusações de delatores...” Ué, queriam o que? Uma confissão pública? Tadinho do Raupp, tão inocente, tão cândido, tão vítima. Negar, negar e negar: isso é o óbvio ululante. Esse é o mantra, e cantiga de todos, mesmo diante de todas as evidências. Nesse cenário de terra arrasada, a conversa bovina dos partidários do barbudo de Rolim não alivia nada. Só serve para quem ainda vive na ingenuidade de acreditar na virgindade dos políticos rondonienses. Tudo feito às claras, né? Tudo devidamente aprovado pela Justiça Eleitoral, né? É, parece ser fácil fazer a Justiça Eleitoral engolir lorotas... Ah!, já sei, você com esse olhar atravessado está convencido também de o Lula é uma vítima e que não tem nada a ver com esse pantanal fedorento de corrupção em que o Brasil se transformou. Vá se roçar nas ostras, ô mameluco!

SÃO SUSPEITOS

Se os órgãos do controle externo rondonienses começar um trabalho mais profundo de investigações nas principais instituições políticas e de governo do estado, podemos ter por aqui efeitos semelhantes ao que vemos no plano nacional, com a bomba jogada pelo ministro Edson Fachin, o relator da Lava Jato no STF.

Nossos procuradores do MP, nossas autoridades do TCE ainda não demonstraram vigor necessário, indo a fundo nas investigações nem mesmo de nomes notórios dos capítulos mais conhecidos das maracutáia. Você, leitor, sabe de alguma investigação séria sobre a invasão dos comissionados nas instituições públicas locais? O colunista confessa: não ouve falar sobre nada disso.

CORRUPÇÃO ATIVA

Se instituições como MP e TCE escarafunchar contratos dos órgãos públicos com prestadores de serviço em áreas manjadas como limpeza, segurança privada, aluguel de automóveis, compras ou aluguéis de imóveis, contratos de propaganda (a lista é longa), etc, etc, etc, certamente descobrirá crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de cartel (afinal, não é o que acontece – só para exemplificar – no segmento do transporte urbano e coleta de lixo??) e fraude em licitação.

Enquanto as brechas da legislação facilitar aos espertalhões buscar na política a ferramenta para se fazer fortuna rapidamente a corrupção não deixará de ser generalizada no país. Essa é a constatação que vemos hoje diante do envolvimento da maioria dos políticos, inclusive os de Rondônia.

LIVRAI-NOS

Nenhum estado, por pior que seja seu eleitorado, não mereceria no seu governo um Cassol outra vez (não é possível que esse personagem pense mesmo em voltar ao comando rondoniense), um Raupp de novo ou (meu Deus!) um sujeito que tenta justificar como válida sua decisão de não pagar impostos e sonegar mais de bilhão de reais...

É verdade que o eleitorado (excetuando o de Vilhena) vem procurando um melhor caminho para Rondônia. Em Porto Velho a enorme renovação da Câmara Municipal é um balizamento disso. Mas no resultado final a sensação é de que ainda estamos longe da solução ideal. Muita escória da política sobreviveu e até corruptos notórios retornaram ungidos pelo voto. Talvez seja importante – diante dos entraves às ações da Justiça para apartar esses lombrosianos ladrões do dinheiro público com rapidez – rezar por uma intervenção divina.

POR CIMA

Coisa boa é estar por cima da carne seca. Ontem chegou aos ouvidos do escriba uma notícia reveladora de como magnata procura cercar-se da melhor blindagem. Um dos senadores listados na Delação do Fim do Mundo, ou seja, na lista de Fachin, já entabula negociações para contratar nada mais e nada menos que o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, o preferido dos miliardários, um dos mais caros criminalistas do Brasil.

CALOU-SE

Intrigante como as pessoas mudam seu viés ideológico sem maiores explicações. O deputado José Hermínio, político com raiz profunda no petismo, acostumado a fustigar o governo e seus acólitos sempre que identifica algum ranço de desvio ético, ficou completamente calado diante da demolidora denúncia feita contra o Senador Acir Gurgacz pelo também senador Ivo Cassol em relação à sonegação mais do que bilionária contra os cofres do estado.

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