Ex-deputado Tiziu Jidalias segue foragido há mais de um ano, mas foi visto em Ariquemes

Apesar de estar oficialmente foragido há um ano e cinco meses, Tiziu foi visto recentemente na cidade de Ariquemes (RO), local onde fez fortuna

Fonte: Tudorondonia com informações do Rondoniagora - Publicada em 15 de maio de 2025 às 10:30

Ex-deputado Tiziu Jidalias segue foragido há mais de um ano, mas foi visto em Ariquemes

Mesmo com mandado de prisão expedido desde dezembro de 2023, o ex-deputado estadual por Rondônia, Jidalias dos Anjos Pinto, conhecido como Tiziu Jidalias, permanece foragido da Justiça Federal. Acusado de liderar uma organização criminosa especializada na extração e comercialização ilegal de cassiterita retirada de dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, Tiziu foi alvo da Operação Forja de Hefesto, deflagrada após mais de dois anos de investigação conduzida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Apesar de estar oficialmente foragido há um ano e cinco meses, Tiziu foi visto recentemente na cidade de Ariquemes (RO), local onde fez fortuna. Há cerca de duas semanas, ele foi flagrado em público na companhia de um empresário da região, indicando que, mesmo procurado, ainda exerce influência no cenário local.

Durante o período em que ocupou mandato na Assembleia Legislativa de Rondônia, Tiziu construiu uma imagem de moralista, sendo responsável por abertura de processos administrativos disciplinares contra servidores por motivos considerados irrelevantes. Ao lado do então deputado Alex Testoni, atual prefeito de Ouro Preto do Oeste que também chegou a ser preso, protagonizou uma campanha que denominavam de "processo de moralização" no Parlamento estadual.

A ordem de prisão preventiva contra Tiziu foi determinada pelo juiz federal Victor Oliveira de Queiroz, da Justiça Federal em Roraima. Além dele, outras prisões foram executadas em cidades como Boa Vista (RR), Ribeirão Preto (SP) e Ariquemes (RO), apontadas como bases operacionais do esquema.

Segundo a Polícia Federal, Tiziu não apenas financiava os garimpos ilegais na Terra Yanomami, mas atuava diretamente na fase inicial do esquema, coordenando a extração do minério. A cassiterita, extraída clandestinamente, era repassada a empresas de fachada responsáveis por simular origem legal do produto, que posteriormente era vendida a grandes companhias do setor.

Uma dessas empresas, conforme apontaram as investigações, movimentou mais de R$ 166 milhões em poucos meses, tendo como destino final a White Solder Metalúrgica e Mineração Ltda, empresa de grande porte com sede em São Paulo e unidades em Rondônia e Amazonas.

Interceptações telefônicas realizadas pela PF revelaram a participação ativa de Tiziu Jidalias no comando das operações. Em áudios de maio de 2022, o ex-deputado orientava seus cúmplices a separar a produção própria da adquirida de terceiros, evidenciando preocupação com ações da PF e tentando evitar que seu nome fosse diretamente ligado aos garimpos ilegais.

As conversas também mostraram que ele mantinha contato regular com Valdeci Aparecido Cardoso, o "Keke", operador direto dos garimpos Pupunha e Baixinho, que operavam dentro da área indígena. O número de Tiziu aparecia na agenda de Keke, com registros de mensagens sobre logística, pagamentos e resultados das operações.

Entre os demais envolvidos no esquema, a PF aponta Felipe José da Silva Galvão, sócio de Tiziu, e Nelcides de Almeida Mello, conhecido como "Gabiru". Juntos, integravam uma organização criminosa estruturada em níveis hierárquicos, contando com dezenas de trabalhadores, máquinas pesadas e empresas para viabilizar a lavagem do dinheiro obtido com o garimpo ilegal.

As investigações também apuram crimes de extração ilegal de minério em terra indígena, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A cassiterita extraída era inicialmente negociada com a Cooperativa de Produtores de Estanho do Brasil (Coopertin), responsável por intermediar as vendas à White Solder, fechando o ciclo da atividade criminosa.

Apesar do cerco às atividades do grupo e da prisão de outros integrantes, Tiziu Jidalias segue sem ser capturado, mesmo sendo visto em locais públicos em Ariquemes.

Ex-deputado Tiziu Jidalias segue foragido há mais de um ano, mas foi visto em Ariquemes

Apesar de estar oficialmente foragido há um ano e cinco meses, Tiziu foi visto recentemente na cidade de Ariquemes (RO), local onde fez fortuna

Tudorondonia com informações do Rondoniagora
Publicada em 15 de maio de 2025 às 10:30
Ex-deputado Tiziu Jidalias segue foragido há mais de um ano, mas foi visto em Ariquemes

Mesmo com mandado de prisão expedido desde dezembro de 2023, o ex-deputado estadual por Rondônia, Jidalias dos Anjos Pinto, conhecido como Tiziu Jidalias, permanece foragido da Justiça Federal. Acusado de liderar uma organização criminosa especializada na extração e comercialização ilegal de cassiterita retirada de dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, Tiziu foi alvo da Operação Forja de Hefesto, deflagrada após mais de dois anos de investigação conduzida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Apesar de estar oficialmente foragido há um ano e cinco meses, Tiziu foi visto recentemente na cidade de Ariquemes (RO), local onde fez fortuna. Há cerca de duas semanas, ele foi flagrado em público na companhia de um empresário da região, indicando que, mesmo procurado, ainda exerce influência no cenário local.

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Durante o período em que ocupou mandato na Assembleia Legislativa de Rondônia, Tiziu construiu uma imagem de moralista, sendo responsável por abertura de processos administrativos disciplinares contra servidores por motivos considerados irrelevantes. Ao lado do então deputado Alex Testoni, atual prefeito de Ouro Preto do Oeste que também chegou a ser preso, protagonizou uma campanha que denominavam de "processo de moralização" no Parlamento estadual.

A ordem de prisão preventiva contra Tiziu foi determinada pelo juiz federal Victor Oliveira de Queiroz, da Justiça Federal em Roraima. Além dele, outras prisões foram executadas em cidades como Boa Vista (RR), Ribeirão Preto (SP) e Ariquemes (RO), apontadas como bases operacionais do esquema.

Segundo a Polícia Federal, Tiziu não apenas financiava os garimpos ilegais na Terra Yanomami, mas atuava diretamente na fase inicial do esquema, coordenando a extração do minério. A cassiterita, extraída clandestinamente, era repassada a empresas de fachada responsáveis por simular origem legal do produto, que posteriormente era vendida a grandes companhias do setor.

Uma dessas empresas, conforme apontaram as investigações, movimentou mais de R$ 166 milhões em poucos meses, tendo como destino final a White Solder Metalúrgica e Mineração Ltda, empresa de grande porte com sede em São Paulo e unidades em Rondônia e Amazonas.

Interceptações telefônicas realizadas pela PF revelaram a participação ativa de Tiziu Jidalias no comando das operações. Em áudios de maio de 2022, o ex-deputado orientava seus cúmplices a separar a produção própria da adquirida de terceiros, evidenciando preocupação com ações da PF e tentando evitar que seu nome fosse diretamente ligado aos garimpos ilegais.

As conversas também mostraram que ele mantinha contato regular com Valdeci Aparecido Cardoso, o "Keke", operador direto dos garimpos Pupunha e Baixinho, que operavam dentro da área indígena. O número de Tiziu aparecia na agenda de Keke, com registros de mensagens sobre logística, pagamentos e resultados das operações.

Entre os demais envolvidos no esquema, a PF aponta Felipe José da Silva Galvão, sócio de Tiziu, e Nelcides de Almeida Mello, conhecido como "Gabiru". Juntos, integravam uma organização criminosa estruturada em níveis hierárquicos, contando com dezenas de trabalhadores, máquinas pesadas e empresas para viabilizar a lavagem do dinheiro obtido com o garimpo ilegal.

As investigações também apuram crimes de extração ilegal de minério em terra indígena, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A cassiterita extraída era inicialmente negociada com a Cooperativa de Produtores de Estanho do Brasil (Coopertin), responsável por intermediar as vendas à White Solder, fechando o ciclo da atividade criminosa.

Apesar do cerco às atividades do grupo e da prisão de outros integrantes, Tiziu Jidalias segue sem ser capturado, mesmo sendo visto em locais públicos em Ariquemes.

Comentários

  • 1
    image
    paulo 16/05/2025

    A policia não prende porque não quer !!!!. Se fosse um ladrão de galinha já estava em cana há muito tempo. Dois pesos e duas medidas, é a real !!!.

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