Existe ginástica para o cérebro?

Para entender a ginástica para o cérebro partimos do princípio de que o que está por trás desta prática é a neurociência, mais precisamente dois conceitos fundamentais: neuroplasticidade e metacognição

Supera
Publicada em 22 de março de 2022 às 16:33
Existe ginástica para o cérebro?

E se existisse uma forma de ficar mais atento? Com o raciocínio mais rápido? Ter mais memória e assertividade? Conseguir lidar melhor com questões complexas da vida? A resposta para todas essas perguntas está na prática que já mudou a vida de mais de 200 mil brasileiros: ginástica para o cérebro ou treino cerebral, como também é conhecida a prática.

Como assim ginástica para o cérebro?

Para entender a ginástica para o cérebro partimos do princípio de que o que está por trás desta prática é a neurociência, mais precisamente dois conceitos fundamentais: neuroplasticidade e metacognição.

·      A neuroplasticidade é a capacidade dos neurônios de alterarem suas funções, se adaptarem e se reorganizarem a partir das alterações ambientais. 

O cérebro está constantemente fazendo ajustes: desde a maneira que processa informação até a forma como desenvolve novas habilidades ou funções. Esses ajustes levam a alterações sinápticas individuais, que reorganizam o encéfalo (centro do sistema nervoso), levando a grandes consequências funcionais. Sinapses são locais de comunicação entre neurônios e é na SINAPTOGÊNESE (nascimento de novas conexões) que reside o maior número de evidências para a compreensão da relação entre cérebro e ambiente.

“A metodologia da ginástica para o cérebro age como estímulos ambientais que vão criar experiências e desafios focados em reorganizar sistemas neuronais para aperfeiçoar uma série de habilidades. O objetivo é criar as circunstâncias ideais para que a sinaptogênese aconteça, sendo que tais circunstâncias incluem: atenção concentrada, determinação e saúde geral do cérebro”, detalhou a neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci.

·      A metacognição é o processo de aprender a relação com as capacidades de planejamento e regulação da própria atividade, em função de determinados objetivos.

Metacognição na prática é estar consciente a respeito dos processos mentais que vivencia. É, por exemplo, ter clareza que tem dificuldade com o aprendizado x e que para superá-la precisará ter as atitudes y e z.

A metacognição envolve a tomada de consciência da pessoa sobre seus próprios conhecimentos e a capacidade de agir com ações de autorregulação no estabelecimento de metas.

“Para desenvolver e exercer a metacognição, nós utilizamos um pacote cognitivo conhecido como ‘funções executivas’, que correspondem a um conjunto de habilidades que permitem ao indivíduo direcionar comportamentos, avaliar a eficiência desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras, e dessa forma resolver melhor os problemas”, explicou Livia.

Todos esses domínios funcionais utilizam circuitos neurais principalmente do córtex pré-frontal em integração com outras muitas áreas cerebrais. Um aspecto relevante ao se considerar as funções executivas e suas áreas anatômicas diz respeito ao desenvolvimento tardio do córtex pré-frontal. 

Ele é a estrutura do cérebro que completa seu desenvolvimento mais tardiamente, estando completamente pronto apenas no início da vida adulta, indicando que as funções executivas metacognitivas são significativamente dependentes da cultura e das interações sociais.

Como funciona a ginástica para o cérebro na prática?

Por meio de seis ferramentas, o método de ginástica para o cérebro contempla, além de todas as habilidades das funções executivas, um ambiente rico em interações sociais e reflexões temáticas de qualidade, criando o cenário ideal para o pensamento metacognitivo.

Por que estimular o cérebro? A prática de ginástica cerebral é uma atividade que estimula neurônios e ativa áreas distintas do cérebro, potencializando as habilidades cognitivas, como atenção, memória, raciocínio entre outras. Quanto mais estímulos corretos o cérebro recebe, mais ágil e apto para respostas ele se torna. O Método SUPERA oferece a ginástica para o cérebro a partir de 4 anos e não tem limite de idade.

Como a ginástica para o cérebro ajuda crianças?

Quando estimula o cérebro da forma correta, o estudante obtém mais atenção e concentração, consegue desenvolver melhor o raciocínio e, consequentemente, ter melhor desempenho escolar. Os estímulos que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente proporcionam ainda melhora na coordenação motora, autoestima, perseverança e disciplina.  

Ginástica para o cérebro de jovens e adolescentes

A prática aumenta a capacidade de memorização e torna o cérebro mais ágil. Estas habilidades são fundamentais para adolescentes em fase de vestibular. Os vestibulandos que fazem SUPERA conseguem lembrar com mais facilidade do conteúdo estudado e, consecutivamente, apresentam melhores resultados.

Treinando adultos

Em adultos a ginástica para o cérebro oferece recursos imprescindíveis que trabalham habilidades que favorecem a aprovação em processos seletivos, equilíbrio emocional, desenvoltura nos relacionamentos, visão estratégica e automotivação, agilidade de raciocínio, poder de análise e de síntese.

Idosos que fazem ginástica para o cérebro

O envelhecimento da população mundial impõe um desafio: como ter mais qualidade de vida ao longo do processo de envelhecimento? A prática de ginástica cerebral contribui de forma significativa para que idosos aumentem sua reserva cognitiva garantindo um desempenho efetivo da memória e do pensamento. 

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