Faça a sua lista: quantos irão escapar da Justiça?
“Dissemina-se a sensação de que ficarão impunes muitos dos direitistas investigados por todo tipo de crime”, escreve o colunista Moisés Mendes
Ato bolsonarista na Avenida Paulista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O tempo corre de mãos dadas com todos os investigados por crimes cometidos em conexão direta ou indireta com planos, ações e ideias das estruturas da direita e da extrema direita.
Há um sentimento de que estão sendo invertidas as expectativas. Não se vê mais com a mesma certeza a vasta lista dos que poderão ser enquadrados pelo sistema de Justiça.
São mais citados os que poderão escapar, enquanto a velha direita se alia ao novo fascismo para, entre outras coisas, tentar anular delações de companheiros presos.
A lista abaixo tem gente investigada em todas as áreas. Tem golpistas, lavajatistas, muambeiristas, cloroquinistas, patriotistas, vampiristas de vacina, negacionistas, rachadistas.
Os nomes estão enfileirados de forma aleatória, dispostos assim propositalmente. Quem se dispuser a ler a relação pode testar a própria capacidade de vincular cada figura aos crimes investigados.
Os casos de muitos deles já estão próximos do estágio do esquecimento. Quase todos dependem de decisões do Supremo e em especial do ministro Alexandre de Moraes.
É apenas uma versão de listas possíveis com os nomes de investigados, com poucos indiciados e processados até agora. Claro que muita gente ficou de fora. Eis a lista dos que, enquanto o tempo avança, têm cada vez mais chances de escapar:
Jair Messias Bolsonaro, general Walter Braga Netto, general Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni, Ernesto Araujo, coronel Elcio Franco, Ricardo Barros, Anderson Torres, Silvinei Vasques, Flavio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro.
Luciano Hang, coronel Marcelo Câmara, Bia Kicis, Carla Zambelli, Carlos Bolsonaro, Osmar Terra, Frederick Wassef, Silas Malafaia, Fabio Wajngarten, coronel Mauro Cid, general Mauro Cesar Mourena Cid, Gabriela Hardt.
Almirante Bento Albuquerque, general Augusto Heleno, Sergio Moro, Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, Deltan Dallagnol, Jair Renan Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Tércio Arnauld Tomaz, Allan dos Santos, Mario Luft, Pablo Marçal.
Fabricio Queiroz, Ricardo Salles, Abraham Weintraub, Fernando Parrillo, Eduardo Parrillo, Filipe Martins, Delegado da Cunha, Jorge Seif, Monark, Delegado Caveira, Chiquinho Brazão, Pedro Benedito Batista Júnior, Domingos Brazão, Meyer Nigri, Filipe Barros, André Fernandes, General Girão,
Wagner Rosário, Zé Trovão, Ricardo Barros, Carlos Jordy, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Nise Yamaguchi, Otávio Fakhoury, Marco Feliciano, Ricardo Arruda, Tércio Arnaud Tomaz, Léo Índio, Marcelo Câmara, Carlos Wizard, Emilio Dalçoquio Neto... (complete a lista a gosto).
Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.
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Comentários
Então jornaleco militante, o atual mandatário é exemplo de quem escapou da justiça, não só ele, mas, também alguns membros de seu grupo, políticos, empresários. Cito dois nomes: José Dirceu e um diretor da Odebrecht né? Eles sim, escaparam da justiça, ou justiça lhes favoreceu.
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