Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar serviço da extrema direita

"O grande plano é inviabilizar o inquérito, amordaçar Moraes e disseminar o medo entre todos os ministros do Supremo", alerta o colunista Moisés Mendes

Fonte: Moisés Mendes - Publicada em 15 de agosto de 2024 às 09:19

Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar serviço da extrema direita

Glenn Greenwald (Foto: Lula Marques)

Mais de dois anos antes do projeto do fascismo de eleger uma super bancada no Senado, que levaria ao impeachment de Alexandre de Moraes, a Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar o trabalho sujo.

Os jornalões estão tentando há muito tempo embaralhar o inquérito das fake news, que envolve os bolsonaristas mais poderosos civis e militares e grandes empresários fascistas. Seria a melhor forma de pegar Moraes, quebrando a pilastra do trabalho do STF.

A Folha foi adiante. Contratou Greenwald para livrar a cara dos integrantes do gabinete do ódio, das milícias digitais e alguns dos chefes golpistas, para assim chegar ao que interessa: impedir que gente fardada e sem farda, da elite da direita, seja alcançada.

Integrantes do gabinete do ódio, defendidos na manchete da Folha que ataca Supremo e TSE, são apenas laranjas para a proteção dos manezões graúdos. São mais dos mesmos manezinhos já condenados pelo golpe. O objetivo da empreitada é salvar a cúpula.

Preparem-se porque agora vai ter cerco a Alexandre de Moraes com uma intensidade que ainda não foi vista. Vão tentar implodir o inquérito e salvar Bolsonaro e todo comando do golpe.

Folha, Globo e Estadão têm a missão urgente de inviabilizar um desfecho para as investigações, ao invés de trabalharem, como fingiam fazer, pelo enquadramento dos líderes do golpe.

Tanto que há muito tempo os jornalões não produzem uma linha de texto aproveitável sobre o golpe. Os protagonistas sob investigação foram esquecidos pelo jornalismo das corporações. É a hora de fazer valer o 'deixa pra lá'.

É jogo pesado apenas para profissionais. Por isso Greenwald, passador de pano da direita, já está aí produzindo manchetes contra Moraes e o Supremo. Não precisa da CIA. 

É coisa da Faria Lima com jornalões, grileiros com e sem gravata, milícias, militares e gente da bala e da Bíblia. O grande projeto, mais do que amordaçar Moraes, é implodir outras áreas do STF e disseminar o medo entre ministros, passando pela PGR. É possível que o país só assista às implosões, sem ações de resistência. 

(As informações sobre as decisões das equipes do STF e do TSE a respeito de disseminadores de fake news, publicadas pela Folha, provam que houve vazamento, o que configura sabotagem de gente de dentro das instituições. É o mesmo método do lavajatismo, que vazava seletivamente informações contra Lula de dentro da força-tarefa. Moraes tem sabotadores ao seu lado trabalhando para a extrema direita, com a ajuda de amigos da imprensa. Por acaso, e só por acaso, Greenwald estava por perto. O que mais eles têm?)

Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

816 artigos

Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar serviço da extrema direita

"O grande plano é inviabilizar o inquérito, amordaçar Moraes e disseminar o medo entre todos os ministros do Supremo", alerta o colunista Moisés Mendes

Moisés Mendes
Publicada em 15 de agosto de 2024 às 09:19
Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar serviço da extrema direita

Glenn Greenwald (Foto: Lula Marques)

Mais de dois anos antes do projeto do fascismo de eleger uma super bancada no Senado, que levaria ao impeachment de Alexandre de Moraes, a Folha convoca Glenn Greenwald para antecipar o trabalho sujo.

Os jornalões estão tentando há muito tempo embaralhar o inquérito das fake news, que envolve os bolsonaristas mais poderosos civis e militares e grandes empresários fascistas. Seria a melhor forma de pegar Moraes, quebrando a pilastra do trabalho do STF.

A Folha foi adiante. Contratou Greenwald para livrar a cara dos integrantes do gabinete do ódio, das milícias digitais e alguns dos chefes golpistas, para assim chegar ao que interessa: impedir que gente fardada e sem farda, da elite da direita, seja alcançada.

Integrantes do gabinete do ódio, defendidos na manchete da Folha que ataca Supremo e TSE, são apenas laranjas para a proteção dos manezões graúdos. São mais dos mesmos manezinhos já condenados pelo golpe. O objetivo da empreitada é salvar a cúpula.

Preparem-se porque agora vai ter cerco a Alexandre de Moraes com uma intensidade que ainda não foi vista. Vão tentar implodir o inquérito e salvar Bolsonaro e todo comando do golpe.

Folha, Globo e Estadão têm a missão urgente de inviabilizar um desfecho para as investigações, ao invés de trabalharem, como fingiam fazer, pelo enquadramento dos líderes do golpe.

Tanto que há muito tempo os jornalões não produzem uma linha de texto aproveitável sobre o golpe. Os protagonistas sob investigação foram esquecidos pelo jornalismo das corporações. É a hora de fazer valer o 'deixa pra lá'.

É jogo pesado apenas para profissionais. Por isso Greenwald, passador de pano da direita, já está aí produzindo manchetes contra Moraes e o Supremo. Não precisa da CIA. 

É coisa da Faria Lima com jornalões, grileiros com e sem gravata, milícias, militares e gente da bala e da Bíblia. O grande projeto, mais do que amordaçar Moraes, é implodir outras áreas do STF e disseminar o medo entre ministros, passando pela PGR. É possível que o país só assista às implosões, sem ações de resistência. 

(As informações sobre as decisões das equipes do STF e do TSE a respeito de disseminadores de fake news, publicadas pela Folha, provam que houve vazamento, o que configura sabotagem de gente de dentro das instituições. É o mesmo método do lavajatismo, que vazava seletivamente informações contra Lula de dentro da força-tarefa. Moraes tem sabotadores ao seu lado trabalhando para a extrema direita, com a ajuda de amigos da imprensa. Por acaso, e só por acaso, Greenwald estava por perto. O que mais eles têm?)

Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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