Ganha em 2022 quem fizer mais e melhores alianças

Nenhum nome, por si só, será capaz de eleger o próximo presidente da República – foi uma das lições da eleição de 2020

Por Alex Solnik
Publicada em 04 de dezembro de 2020 às 20:10
Ganha em 2022 quem fizer mais e melhores alianças

Não se trata tanto de escolher nomes para 2022.

As eleições municipais mostraram a importância das alianças.

Candidatos que puderam ou souberam formar alianças mais amplas, levaram vantagem, tanto em espaço na TV quanto na quantidade de militantes trabalhando por suas candidaturas.

Nenhum nome, por si só, será capaz de eleger o próximo presidente da República – foi uma das lições da eleição de 2020.

As alianças começaram a nascer logo depois de encerrado o segundo turno, domingo passado.

O governador João Dória já avisou que o PSDB tem que sentar na cabeceira da mesa, para a qual deverá convidar DEM e MDB. Ao DEM poderá oferecer a vice na chapa e ainda o governo de São Paulo depois que se desincompatibilizar e também apoio para a reeleição do DEM.

O jogo de Ciro também já foi explicitado por ele. Vai tentar juntar à sua aliança de centro-esquerda – PDT, PSD, Rede e PV – setores da centro-direita com os quais já dialoga, como no caso do prefeito Alexandre Kalil, de BH, do PSD e do presidente nacional do DEM, ACM Neto.

Com Kalil pode até dar jogo – se é que Kassab não vai preferir ficar com Doria, mas tirar o DEM do governador paulista será praticamente impossível.

Já ciente de que não vai ter golpe, Bolsonaro se prepara para nos próximos dois anos fidelizar os 11 partidos do centrão para formar a aliança de extrema-direita.

E a melhor maneira de atingir o objetivo é eleger o aliado Arthur Lira próximo presidente da Câmara dos Deputados.

Ao PT não haverá saída senão aliar-se ao PSOL e PCdoB e disputar com Ciro a hegemonia no campo progressista sobretudo no Nordeste, onde o PT tem governadores, e Ciro, capitais.

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