Gestores de capitais ouvem boas práticas de combate ao Covid-19
Joanesburgo, por exemplo, registrou 6.071 casos e 47 mortes (até 15/06), tendo um contingente populacional superior a 5,6 milhões
Através da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves participou de uma reunião virtual, nesta sexta-feira (19), com os prefeitos sul-africanos Geoff Makhubo, de Joanesburgo (África do Sul) e Xola Pakati, de Buffalo City (EUA), para um diálogo com troca de experiências executadas nas ações de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). O prefeito de Guarulhos (SP), Gustavo Henric Costa (Guti), também foi um dos anfitriões.
Hildon Chaves, acompanhando os dados internacionais, vê como excelente resultado de Joanesburgo, por exemplo. Ao todo, foram 6.071 casos confirmados e 47 mortes (em 15/06/2020), tendo um contingente populacional superior a 5,6 milhões de habitantes, sendo a cidade mais populosa da África do Sul. Os números demonstram que há, por lá, uma baixa letalidade ao longo deste período. O mandatário da capital rondoniense considera um case de sucesso e, as estratégias, possíveis de serem adotadas como forma de apropriar as experiências locais.
“Pelo que notamos, houve entendimento entre todas as instituições, esferas do Governo e, em especial, pela estratégia correta de distanciamento social com o envolvimento de todos os órgãos governamentais e de segurança pública. O resultado disso, é que hoje, iniciam de forma acelerada a retomada da economia local, da normalidade na vida de cada um”, analisou.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sobre as medidas de segurança adotadas, segundo Makhubo, assim que percebida os sinais da pandemia, o presidente da República declarou “estado de desastre nacional”, depois de perceber o aumento das infecções no país. “Foi criado um Conselho Nacional constituído por ministro de Estado, Departamento de Saúde Nacional e um setor para o combate ao Covid-19. Esta foi a primeira forma adotada para lidar com a situação. Em seguida, foi iniciado o lockdown, mantendo somente os serviços essenciais, com todo o distanciamento social necessário, com o apoio de diversos atores”, narrou.
Quanto a Buffalo City, Pakati informou que o primeiro caso foi registrado em 3 de março e, houve, uma resposta rápida nas ações em sua província. Em 27 de março, deu-se o presidente decretou lockdown em todas as cidades. “Não sabíamos realmente o que estava acontecendo, foi uma tentativa e erro”, declarou.
Dias depois, em 5 de abril, foi estruturado um plano de resposta local conectado ao governo provincial. “A estratégia era fazer alguns pilares narrados no documento, sendo eles: (1) Saúde Pública, (2) Distanciamento Social, (3) Lockdown, (4) Solidariedade Humana e (4) Pagamentos pelo Estado para a manutenção dos serviços de saúde, mobilizados em harmonia com toda sociedade civil e governamental. Isso foi o que manteve os nossos números de casos baixos”, informou.
ALINHAMENTO
Quando questionados sobre a relação entre os governos, Makhubo disse que o Brasil, por ser federativo, traz um desafio sobre como responder as questões de enfrentamento. Por lá, há um comando nacional, liderado pelo presidente, que define a linha de atuação.
“A mensagem tem de ser constante e consistente vindo de todas as esferas do governo. É isso que falamos, ao defender os métodos de proteção, de forma ampla e fazer valer os regulamentos de todos os níveis”. Ele informou ainda, que há um Conselho Municipal que é responsável por avaliar o progresso da proteção sobre as áreas públicas, além de ocorrer ações em conjuntos.
Para o prefeito, é preciso atuar para que o desafio dê certo. “Há a necessidade de lideranças capazes de redirecionar, fazer intervenção e mitigar os resultados. Isso são assuntos que tem de ser feitos pelo Governo em todos os níveis”, expôs.
ECONOMIA
Makhubo encerrou sua contribuição na reunião virtual, informando que está nos primeiros dias de abertura da economia na região e, por isso, o momento é chamado de “ajustado ao risco”.
BOAS PRÁTICAS
Por fim, o prefeito Guti (de Guarulhos), ressaltou a importância de uma conversa franca e aberta entre as lideranças administrativas. “Neste momento de pandemia, ninguém sabe ao certo qual a receita para superar isso o mais rápido possível, mas, acredito que boas práticas vão poder ajudar a todos nós para uma condução da melhor forma”.
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