Governo de Rondônia alinha soluções para amenizar a crise econômica na fronteira Brasil e Bolívia

Os portos das duas cidades fronteiriças estão fechados desde março deste ano

Jane Carla Fotos: Arquivo Secom
Publicada em 08 de julho de 2020 às 13:58
Governo de Rondônia alinha soluções para amenizar a crise econômica na fronteira Brasil e Bolívia

O fechamento dos portos na região de fronteira causa prejuízo econômico para as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramérin (BO)

A busca para chegar a um acordo quanto a crise financeira nas cidades fronteiriças de Guajara-Mirim e Guayaramerin, Bolívia, tem sido constante entre as autoridades brasileiras e bolivianas desde o início da pandemia do coronavírus.

As demandas para uma possível solução estão sendo encaminhadas pela coordenação do Núcleo Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira em Rondônia (Neifro) e foram discutidas em uma videoconferência organizada em conjunto com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A videoconferência contou com a participação do governador Marcos Rocha, o diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, João Marcelo Galvão, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Pedro Pimentel, atual coordenador do Neifro, o representante do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da e da secretária-executiva da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Cícero Alves; o embaixador da Bolívia no Brasil, Wilfredo Rojo; a secretária- executiva do Neifro e Gerente de Políticas Públicas da Sepog, Camila Markeline, além de diversos representantes de instituições dos dois lados.

Os portos das duas cidades fronteiriças estão fechados desde março deste ano. “Devido à pandemia, o comércio estabelecido entre Guajará-Mirim e Guayarámerín, que antes movimentava a cidade, não está acontecendo, causando enormes prejuízos não só à economia local, mas também uma hiperinflação e até desabastecimento de alguns produtos alimentícios na cidade boliviana”, explicou o secretário Pedro Pimentel.

Após as discussões, foi sinalizado que as possibilidades para driblar a crise econômica na região de fronteira devem ser encaminhadas ao Itamaraty e à Embaixada Boliviana.

Repatriação

Outras questões como a repatriação dos brasileiros rondonienses que residem na Bolívia também foram debatidas e alinhadas entre as autoridades durante a videoconferência.

Ao traçar os próximos passos, a secretária- executiva do Neifro e Gerente de Políticas Públicas da Sepog, Camila Markeline disse que o compromisso do Neifro é pontuar as demandas relacionadas e encaminhá-las aos órgãos finalísticos e responsáveis. “Vamos  acionar a Câmara de Comércio Exterior do Neifro formada não só pelos órgãos do Poder Executivo, mas também por instituições externas, e,  juntos faremos  as tratativas necessárias com os atores envolvidos com o tema.”, explicou a coordenadora.

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