Governo de Rondônia deseja optar pelo ensino a distância, mas não garante estrutura mínima aos estudantes
O Governo não se atentou que será necessário proporcionar mecanismos básicos para viabilizar que tal medida seja colocada em prática
O Governo de Rondônia já sinalizou que possui interesse em optar pelas teleaulas e o ensino a distância, como forma de amenizar os impactos para a Educação Básica no Estado diante da suspensão das atividades educacionais como estratégia para frear o avanço de contaminação pelo novo Coronavírus (Covid-19). Entretanto, sem ao menos conhecer a realidade da comunidade escolar, o Governo não se atentou que será necessário proporcionar mecanismos básicos para viabilizar que tal medida seja colocada em prática e, assim, garantir que o modelo mostre-se adequado e ideal para os estudantes rondonienses.
Em sua justificativa, o Governo de Rondônia diz que a ação é baseada na Portaria nº 343/2020, assinada pelo Ministério da Educação e que está em conformidade com o Decreto Estadual nº 24.911/2020, no qual autoriza o uso de meios e tecnologias de informação para ofertar aulas nos meios digitais enquanto durar a situação de pandemia.
Entretanto, para se ter completo aproveitamento dessa modalidade de ensino são necessários alguns itens e informações básicas de comunicação virtual, tais como: um computador ou qualquer máquina capaz de executar operações, internet banda larga já que os conteúdos serão ministrados no meio on-line e conhecimentos básicos de informática, para poder manusear essas informações que serão oferecidas. Desta forma, questiona-se, os estudantes das escolas públicas de Rondônia estão preparados para essa metodologia?
O Sintero e os profissionais que atuam nessa área manifestam preocupação com a medida, visto que é de conhecimento de todos que as próprias instituições públicas presenciais não possuem uma estrutura mínima para proporcionar que os estudantes utilizem ferramentas virtuais dentro dos espaços educacionais. Além disso, o Governo ignora o fato de que grande parcela dos estudantes são de baixa renda e não têm acesso e disposição dos instrumentos necessários para essa prática. Ou seja, não garantindo que a Educação seja ofertada a todos.
Embora essa seja uma situação atípica e que pegou a todos de surpresa, não pode ser tratada de forma irresponsável e com desleixo, uma vez que, medidas como estas só irão acentuar a precarização do trabalho e da qualidade de ensino das instituições públicas.
O Sintero ressalta ainda que este é um momento para que todos os trabalhadores em educação de Rondônia se unam e ajudem a pressionar o diálogo, através de seu sindicato, junto ao Governo do Estado para que se possa apontar estratégias educacionais que não entrem em colisão com as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) e que não penalizem os estudantes rondonienses.
O Sintero aguarda um posicionamento oficial da Secretaria de Estado da Educação e do Conselho Estadual de Educação (CEE), diante de tais questionamentos.
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