Governo detalha ações para atender atingidos pela cheia em Rondônia

O monitoramento feito pelas Defesas Civis Municipal e Estadual continua até o fim do período de inverno, e as reuniões da Sala de Situação serão constantes para revisão das açõe

Vanessa Farias/Fotos: Ésio Mendes e Daiane Mendonça
Publicada em 04 de março de 2019 às 09:31
Governo detalha ações para atender atingidos pela cheia em Rondônia

Na manhã de domingo (3) o nível do Rio Madeira atingiu à cota de 17,30 metros

Representantes de todas as secretarias de Estado, Defesa Civil Municipal , Corpo de Bombeiros e  órgãos federais envolvidos com a questão da cheia do Rio Madeira em Porto Velho e municípios atingidos, se reuniram com o governador coronel Marcos Rocha na manhã deste domingo (3) para deliberar ações de emergência . Há três semanas o Corpo de Bombeiros já trabalha no atendimento. No sábado  o nível do Rio Madeira chegou à cota de 17,30 metros.

A reunião da Sala de Situação aconteceu no Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar, onde foram pontuadas providências sobre trechos críticos de alagação na BR 425, que dá acesso à cidade de Guajará Mirim, em Porto Velho e distritos, e ainda sobre o atendimento às famílias atingidas e pacientes de hemodiálise que precisam se deslocar de Guajará Mirim até a capital três vezes por semana.

No ponto mais crítico da estrada, que fica na Ponte do Araras, onde pelo acompanhamento dos órgãos que compõem a Sala de Situação, a lâmina de água já encobre a estrutura de travessia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já está trabalhando com a colocação de uma elevação de 50 centímetros, serviço que necessitou a interdição provisória da BR-425. A previsão é que em até 48 horas o tráfego seja liberado.

Marcos Rocha diz que Estrada Parque é a alternativa segura para acesso a Guajará Mirim

“É inaceitável que esse problema antigo volte a se repetir sem que tenhamos uma rota de desvio. Vamos trabalhar para resolver todos os entraves da Estrada Parque, que é um acesso seguro para Guajará e, assim, podermos asfaltar e contar com a alternativa em casos de cheia como este”, disse o governador.

Para atender à necessidade dos pacientes, tanto os que fazem o tratamento de hemodiálise na capital quanto os de emergência, o Núcleo de Operações Aéreas (NOA), do Corpo de Bombeiros, tem auxiliado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e está fazendo o transporte em três viagens diárias. A capacidade de passageiros é de 21 pessoas por dia somando os três voos.

“Para amenizar a despesa com os voos e facilitar o atendimentos aos pacientes de emergência, a Secretaria Estadual de Assistência Social (Sea) vai verificar casas de apoio para a hospedagem em Porto Velho dos pacientes e familiares dos que fazem o tratamento de hemodiálise enquanto estivermos sob a condição de cheia, que dificulta o deslocamento terrestre”, acrescenta Marcos Rocha.

Água potável está sendo providenciada para as famílias do Baixo Madeira atingidas pela cheia

Um trabalho conjunto do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Municipal e Seas faz o atendimento aos desabrigados que em Porto Velho e região chegam a 100 famílias. Para esses, o Corpo de Bombeiros tem providenciado as barracas para que a Defesa Civil Municipal possa dar o abrigo em pontos de apoio. A logística de transporte de mudança também é oferecido pelo CBM, inclusive aos desalojados, registrando 136 famílias. A Seas está providenciando água potável para consumo humano em localidades do Baixo Madeira, kits de limpeza e higiene pessoal, além de cestas básicas a serem distribuídos pela Defesa Civil da prefeitura.

Para o governador, é importante olhar para o problema que se repete ano após ano como um algo que não pode ser resolvido paliativamente. “Temos que pensar no futuro, melhorar as condições de acessos alternativos. Todos estão engajados em dar o suporte à população ribeirinha e pacientes dessas regiões. Estamos focados para que pessoas não percam a vida ou se arrisquem piorando a questão da saúde pública”.

O monitoramento feito pelas Defesas Civis Municipal e Estadual continua até o fim do período de inverno, e as reuniões da Sala de Situação serão constantes para revisão das ações. Compõem o grupo, além das duas instituições, a Seas, a Sesdec, a Sesau, o DER, o NOA, o Dnit, e a Casa Civil.

Comentários

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    Domingos Borges da Silva 04/03/2019

    Quem controla a vazão do Rio Madeira agora são os dirigentes das Hidrelétricas e Jirau e Santo Antônio, já que o fluxo da água depende da abertura dos Vertedouros nos Barramentos. Há quase um mês que a Agência Nacional de Águas vinha alertando para os dirigentes dos empreendimento rebaixarem nos níveis em seus reservatórios mas nada fizeram! Quaisquer enchentes no Rio Madeira a jusante do Barramento da Hidrelétrica de Santo Antônio é de responsabilidade de seus empreendedores que controlam o fluxo das águas do Rio nas épocas de chuvas!

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