Governo investe em ações voltadas à educação de pessoas com necessidades especiais
De acordo com o censo escolar de 2020 da Rede Estadual de Ensino, são 22 alunos cegos nas escolas inclusivas do Estado de Rondônia e 164 alunos com baixa visão
Ações como essa estão cada vez mais se consolidando em todo o Estado
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), tem promovido um importante trabalho no tocante a inclusão de pessoas com necessidades especiais na Rede Pública Estadual de Ensino. De acordo com o censo escolar de 2020 da Rede Estadual de Ensino, são 22 alunos cegos nas escolas inclusivas do Estado de Rondônia e 164 alunos com baixa visão.
Todas as adaptações tem o objetivo de acolher pessoas com necessidades não somente na parte física, se tornando importante para mudar o programa pedagógico e assim, promover a capacitação de profissionais para exercerem importantes papéis nesse processo.
Em 2019, a Seduc promoveu um curso para professores que atuam em sala de recursos de todas as coordenadorias de ensino do Estado de Rondônia, sobre tecnologias assistivas na área de deficiência visual, no qual os participantes tiveram acesso a ferramentas que ensinam os estudantes com necessidades especiais.
A chefe de Núcleo da Educação Especial da Seduc, Heluizia Patrícia Lara, faz um relato sobre o trabalho de inclusão dos alunos com necessidades especiais no Estado. “Atualmente temos 211 salas de recursos multifuncionais para fazer esse atendimento especializado aos nossos alunos, que são público-alvo da educação especial”.
“Os atendimentos aos alunos cegos e de baixa visão são ofertados mediante salas de recursos multifuncionais, que é o atendimento educacional especializado, ofertado em horário contrário a sala de aula comum, pois os nossos alunos fazem parte e estão matriculados numa escola inclusiva”, explica.
Heluiza salienta que “dentro das salas de recurso, existem impressoras Braile. O professor que está em sala consegue fazer adaptações ao material impresso ao aluno, tendo desta forma uma acessibilidade de direito. Para adaptar os materiais dos alunos de baixa visão, se faz necessária a ampliação da letra, tendo dessa forma, uma acessibilidade”.
Sobre investimentos para atender aos alunos especiais, “é um objetivo quebrarmos as barreiras tecnológicas e levar acessibilidade a esses alunos. O Estado de Rondônia adquiriu 162 notebooks de excelente qualidade para estar atendendo a todos eles. Já estão no almoxarifado e serão entregues em breve, para ter uma melhor aprendizagem”, destacou a chefe de Núcleo Especial.
No tocante a capacitação de professores, Heluizia reforça que “mais de 200 professores participaram de um workshop em um programa de audiodescrição que auxilia as pessoas com deficiência visual no uso de computadores. Tanto professores de sala comum, quanto de sala multifuncional estarão auxiliando os alunos cegos e de baixa visão a estar recebendo os notebooks adquiridos pelo governo”.
Alunos recebem materiais adaptados como forma de acessibilidade ao conteúdo
Sobre as aulas em Braile aos alunos, Heluizia afirma que “são ministradas em salas de recurso multifuncional. Porém, é bom lembrar que a Seduc atende aos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Os alunos que são alfabetizados com braile, pertencem ao município”.
Sobre as aulas remotas, a chefe de Núcleo Especial enfatiza que “os alunos que não tem acesso a computador e internet, estão recebendo as atividades impressas para acompanhar as aulas. Os alunos cegos e de baixa visão, conseguem acompanhar por meio de áudio. Aqueles que não tem condições de ter acesso, tem recebido material impresso em braile ou com letras ampliadas”.
O primeiro livro paradidático de autoria local, foi distribuído aos alunos com necessidades especiais, em um evento especial, promovido pela Seduc.
“Em 2019, nós fizemos a distribuição do livro “Histórias Ribeirinhas”, de autoria da professora Nair Gurgel, sendo o primeiro livro paradidático local, editado em braile aos alunos cegos e na versão ampliada aos alunos de baixa visão. Foram mais de 80 alunos contemplados nas escolas estaduais”, afirmou Heluizia.
Também houve a distribuição de materiais impressos nas escolas, com orientações aos professores e a comunidade escolar, quanto à importância da acessibilidade e do braile aos alunos cegos.
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