Greve dos professores na pauta de debates da Comissão de Educação e Cultura

​​​​​​​Parlamentares destacaram intransigência e falta de preparo do chefe da Casa Civil ao tratar do tema.

Assessoria
Publicada em 14 de março de 2018 às 12:52
Greve dos professores na pauta de debates da Comissão de Educação e Cultura

O presidente da Comissão de Educação e Cultura (CEC), deputado Anderson do Singeperon (PV), abriu a reunião ordinária desta quarta-feira (14) lamentando a falta de sensibilidade e de diálogo por parte do governo do Estado em relação à greve dos professores.

O deputado Adelino Follador (DEM) lamentou a situação, especialmente na reunião ocorrida ontem (13) da Mesa Estadual de Negociação Permanente (Menp), onde o chefe da Casa Civil, Emerson Castro ameaçou desde o início, os representantes da categoria.

Segundo o parlamentar, Emerson impunha os termos de negociação, ou seja, afirmava que “se não fizer isso, vai acontecer isso; você tem 24 horas para definir senão vai ocorrer isso”.

Adelino lamentou e disse que em uma negociação, “os dois lados têm de estar desarmados. O Emerson não deixou ninguém falar”, destacou o parlamentar.

Para Follador, houve falta de habilidade por parte do chefe da Casa Civil. “Se pensou que haveria diálogo, mas não foi o que aconteceu. Tenho certeza que esta não foi uma postura do governador, mas ameaçar a categoria não é de bom tom, especialmente partindo do governo” enfatizou o parlamentar.

O deputado Anderson registrou que foi aprovado requerimento pra convocação de secretários de Estado para conduzir a questão da greve dos professores. O parlamentar afirmou que o Emerson não quer deixar vir, somente o da Educação e ele não tem autonomia para resolver todas as questões.

O presidente da Comissão disse que a proposta foi encaminhada ao TJ e ao Sintero, mas não a ALE. “E esta casa, não merece o respeito de receber a proposta e ajudar nas negociações? Isso é um desrespeito para com esta casa”, argumentou Anderson, lembrando que quando presidente do Singeperon todas as greves ocorridas o motivo da deflagração foi sempre a falta de diálogo.

O deputado Lazinho da Fetagro (PT), convidado a reunião, disse que está desanimando de sentar e negociar com o governo. Afirmou que em Ariquemes, no último fim de semana, havia a expectativa de que tudo seria resolvido.

Para ele, o governador não está em sintonia com o secretariado. Lembrou do acordo feito com a Caerd e que nada foi cumprido. “Esta indecisão do governo do sai não sai, fica ou não fica está adiando todas as decisões”, lamentou Lazinho.

O deputado Ribamar Araújo (PR) também participou da reunião.

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