Você sabe que deveria se alimentar melhor, mas acha que precisa de orientação para fazer isso? O Ministério da Saúde tem uma publicação que pode te ajudar a cozinhar melhor na sua casa. É o Guia Alimentar Para a População Brasileira, que traz importantes recomendações sobre o assunto.

A primeira edição foi lançada em 2006, conforme orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomendou aos governos que passassem a oferecer, periodicamente, informações acessíveis sobre alimentação saudável para suas populações. 

O objetivo da publicação brasileira, além de apoiar os programas do próprio governo, é apoiar a educação alimentar nas casas, escolas e em qualquer lugar onde se queira incentivar práticas mais saudáveis. 

Suas recomendações têm como foco prevenir e também tratar diversas enfermidades, que podem ser desencadeadas pelo que a gente come. O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para várias doenças, mas mesmo quem está no peso ideal, precisa garantir que está consumindo nutrientes suficientes, em refeições balanceadas e completas.

O guia considera os hábitos e a cultura alimentar de cada localidade e foi elaborado  em uma linguagem que possa ser facilmente compreendida por quem lê. A segunda edição foi lançada em 2015.

O primeiro capítulo traz os princípios que orientam o guia e que, consequentemente, influenciam em toda sua concepção. São cinco:

• “Alimentação é mais que ingestão de nutrientes”; 

• “Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo”; 

• “Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável”; 

• “Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares”;

• “Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares”.

Dez passos para uma alimentação adequada e saudável

Um dos destaques dessa edição do guia é a recomendação para que as pessoas prefiram, sempre que possível, os alimentos in natura ou minimamente processados, evitando os industrializados e, em especial, os ultraprocessados, que, se consumidos com frequência, podem trazer vários riscos para a saúde.

Além de dicas para embasar a escolha dos alimentos mais saudáveis, como preferir comprar direto do produtor, o guia também dá dicas práticas para preparar as refeições e até para economizar com a alimentação. 

Ao final, o guia sintetiza o conteúdo em “Dez Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável”. Vale muito ler a publicação inteira, mas os segredos são os seguintes:

1. “Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação”;

2. “Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias”;

3. “Limitar o consumo de alimentos processados”;

4. “Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados”;

5. “Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia”;

6. “Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados”.

7. “Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias”;

8. “Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece”;

9. “Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora”;

10.  “Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais”.

Ainda são muitos os desafios para que todos tenham condições de atender às recomendações do guia. Quem o elaborou sabe disso e a publicação tem até um capítulo dedicado aos obstáculos para que todos os brasileiros consigam comer melhor, com ideias de como podemos enfrentá-los.

Não conseguir seguir todas as recomendações, no entanto, não deve ser desculpa. Comece pelos itens mais viáveis para o seu dia a dia e, com um passo de cada vez, caminhe no rumo de uma vida mais saudável para você.