HÁ 37 ANOS MORRIA O HOMEM-LENDA DA AMAZÔNIA (II)

Meu relacionamento com ele sempre foi profissional: era uma boa fonte de notícias

Fonte: Lúcio Albuquerque - Publicada em 15 de janeiro de 2025 às 10:31

HÁ 37 ANOS MORRIA O HOMEM-LENDA DA AMAZÔNIA (II)

Conheci o Teixeirão (de 1979 a 2005 governador de Rondônia) no final da década de 1960, em Manaus. Nunca fomos o que se pode chamar de amigos. Quando ele foi nomeado governador do então Território eu já morava aqui há quatro anos e nem me convidou nem, tampouco, pedi para trabalhar com ele.

Meu relacionamento com ele sempre foi profissional: era uma boa fonte de notícias, mas, talvez porque nunca fui de pajear ninguém, nunca nos aproximamos, apesar de várias vezes nos termos encontrado em situações diversas, lá e aqui.

Numa das vezes, quando ele seguia como “governo itinerante”, pouco antes da instalação do Estado, aconteceu: Na prefeitura de Pimenta Bueno eu e outros repórteres estávamos “cobrindo” uma reunião dele com seus secretários e os prefeitos da região.

Como sempre fiz, procurei ficar em ponto discreto para observar bem e ouvir melhor. E não fazendo, como muitos, folhas e mais folhas de anotações. Fazem já algumas décadas que procurou mentalizar, anotando apenas o que considero importante. Estou nisso quando o Teixeira grita de lá:

- Lúcio, vê lá o que vais escrever.

Dei o troco na hora: “Governador, eu nunca vou ensinar ao senhor seu ofício. Também não aceito que o senhor queira ensinar o meu”. Acabou o “itinerante” e eu viajei a Brasília.

No retorno, dias depois, ao sair da pista para receber a mala encontro um assessor bem próximo a Teixeira diz, em alto e bom som que “O coronel está zangado contigo”. 

Só para encher a paciência dele perguntei “Qual coronel?  O do BEC, o da Polícia Militar, o da Brigada?”. Aí ele disse, “Não, é o Teixeira”. Aí eu decidi fazer uma gozação.

“Cara, se fosse dona Fátima zangada comigo aí eu iria me preocupar, mas o Teixeira? Pode deixar que com ele me entendo”.

Quanto ao Teixeira, no dia seguinte nos encontramos e ele lembrou do tempo em que era péssimo jogador de voleibol e reclamava que eu não deixava (na época eu era árbitro) que ele puxasse a rede para baixo para bloquear.

HÁ 37 ANOS MORRIA O HOMEM-LENDA DA AMAZÔNIA (II)

Meu relacionamento com ele sempre foi profissional: era uma boa fonte de notícias

Lúcio Albuquerque
Publicada em 15 de janeiro de 2025 às 10:31
HÁ 37 ANOS MORRIA O HOMEM-LENDA DA AMAZÔNIA (II)

Conheci o Teixeirão (de 1979 a 2005 governador de Rondônia) no final da década de 1960, em Manaus. Nunca fomos o que se pode chamar de amigos. Quando ele foi nomeado governador do então Território eu já morava aqui há quatro anos e nem me convidou nem, tampouco, pedi para trabalhar com ele.

Meu relacionamento com ele sempre foi profissional: era uma boa fonte de notícias, mas, talvez porque nunca fui de pajear ninguém, nunca nos aproximamos, apesar de várias vezes nos termos encontrado em situações diversas, lá e aqui.

Numa das vezes, quando ele seguia como “governo itinerante”, pouco antes da instalação do Estado, aconteceu: Na prefeitura de Pimenta Bueno eu e outros repórteres estávamos “cobrindo” uma reunião dele com seus secretários e os prefeitos da região.

Como sempre fiz, procurei ficar em ponto discreto para observar bem e ouvir melhor. E não fazendo, como muitos, folhas e mais folhas de anotações. Fazem já algumas décadas que procurou mentalizar, anotando apenas o que considero importante. Estou nisso quando o Teixeira grita de lá:

- Lúcio, vê lá o que vais escrever.

Dei o troco na hora: “Governador, eu nunca vou ensinar ao senhor seu ofício. Também não aceito que o senhor queira ensinar o meu”. Acabou o “itinerante” e eu viajei a Brasília.

No retorno, dias depois, ao sair da pista para receber a mala encontro um assessor bem próximo a Teixeira diz, em alto e bom som que “O coronel está zangado contigo”. 

Só para encher a paciência dele perguntei “Qual coronel?  O do BEC, o da Polícia Militar, o da Brigada?”. Aí ele disse, “Não, é o Teixeira”. Aí eu decidi fazer uma gozação.

“Cara, se fosse dona Fátima zangada comigo aí eu iria me preocupar, mas o Teixeira? Pode deixar que com ele me entendo”.

Quanto ao Teixeira, no dia seguinte nos encontramos e ele lembrou do tempo em que era péssimo jogador de voleibol e reclamava que eu não deixava (na época eu era árbitro) que ele puxasse a rede para baixo para bloquear.

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