Hienas da Lava Jato zombaram das mortes de parentes de Lula
Nem a morte de uma criança de 7 anos foi capaz de lhes passar um verniz de caráter
Jornalista Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia, avalia os procuradores da Lava Jato em nenhum momento mostraram empatia com a dor de Lula, ao comentar as mensagens divulgadas nesta terça-feira, 27. "O resto de dignidade que havia na Operação Lava Jato se esvaiu no deboche desses diálogos desumanos essa gente horrível. Nem a morte de uma criança de 7 anos foi capaz de lhes passar um verniz de caráter"
Os últimos diálogos vazados pelo Intercept Brasil, nos quais procuradores e procuradoras federais zombam e tripudiam das mortes da mulher, do irmão e do neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representam uma negação da humanidade.
Difícil fazer uma análise simplificada desse fenômeno, mas o fato é que, justamente nos tempos de fartura econômica e de cidadania, durante os governos do Partido dos Trabalhadores, o Ministério Público – ademais, como o serviço público, em geral – foi sofrendo uma lenta e poderosa infiltração de energúmenos, de sociopatas ilustrados, de não-pessoas.
Esse paradoxo se torna ainda menos compreensível, à luz da razão, porque foram os governos petistas que radicalizaram a valorização do Ministério Público Federal. Foram quem deram à instituição mais recursos e vagas. Garantiram, com todas as consequências políticas que resultaram dessa política, a nomeação de procuradores-gerais da República eleitos, em primeiro lugar, na lista tríplice decidida pela corporação.
Mas, enquanto isso, gestadas no coração da classe média fascista, racista e iletrada da nação, essas não-pessoas formaram uma nova casta, a dos concurseiros – viajantes solitários da decoreba que, pouco a pouco, tornaram o serviço público uma entidade privativa do que de pior a sociedade brasileira produziu, nesse início de século.
Deltan Dallagnol e sua trupe de Curitiba, sob o comando de Sérgio Moro, como demonstram as mensagens do Telegram, tomaram para si essa simbologia. Contra a lei, o bom senso e a ética, transformaram o Ministério Público numa repartição do Santo Ofício, dentro da qual montaram um altar para sacrificar Lula, um homem condenado sem provas, em nome do ódio de classe, do fanatismo religioso e da estupidez ideológica.
Em nenhum momento, mostraram empatia com a dor de Lula. Estavam tão somente preocupados com a possibilidade de fuga ou, pior, da liberdade daquele que mantêm encarcerado por sadismo e interesse financeiro.
O resto de dignidade que havia na Operação Lava Jato se esvaiu no deboche desses diálogos desumanos essa gente horrível. Nem a morte de uma criança de 7 anos foi capaz de lhes passar um verniz de caráter.
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