Hospitais públicos batalham por medicamentos
Quem trabalha na Uerj sempre teve uma atitude de respeito em relação ao Hospital Pedro Ernesto e a todo o pessoal que trabalha nele
Quem trabalha na Uerj sempre teve uma atitude de respeito em relação ao Hospital Pedro Ernesto e a todo o pessoal que trabalha nele. Mas foi sempre um pessoal que nos sentíamos como distante da resto da Uerj.
De repente, veio a pandemia, e o Reitor da Uerj, Ricardo Lodi, canalizou os principais recursos e a atenção sobre a atuação do Hospital e a seu pessoal. Este passou a ser objeto do nosso reconhecimento, da nossa admiração e do nosso orgulho. Saber que a nossa universidade está plenamente integrada no esforço nacional do setor público de saúde para atender as vítimas da pandemia. Bate aquela vontade danada de encontrar formas de apoiá-los.
O Brasil ficou sabendo que as universidades públicas têm hospitais públicos que, além do estágio dos estudantes de medicina, atenda a população, prestando grande serviço público. O Rio de Janeiro ficou sabendo da atuação dos hospitais das universidades públicas do estado.
No meio da pandemia, o Diretor do Hospital da Uerj, Professor Ronaldo Damião, entra em contato comigo para manifestar as necessidades urgentes do Hospital. O Hospital está com todos os leitos ocupados, com médicos e aparelhamentos suficientes para atendê-los. Mas o principal problema que eles enfrentam é a dificuldade de obter medicamentos.
A diretora do Departamento de Administração do Hospital, Daniela Ramos, me escreveu, em nome do Diretor, dizendo que:
“O HUPE está figurando como hospital de suporte à rede estadual de saúde, atendendo paciente de média e alta complexidade, em tratamento para COVID-19.”
“O HUPE é uma unidade da UERJ e fazemos parte da Administração Pública indireta do estado do Rio de Janeiro. Como todo órgão público, realizamos nossas contratações com base na Legislação de Licitação.”
“Com a declaração de Pandemia, foi emitida a Lei Federal 13.979/2020. Medidas provisórias e Decretos Estaduais que regulam as aquisições durante a Pandemia.”
Ocorre que, na prática, todo o mercado está praticando preços diferentes do habitual. Temos insumos hospitalares, medicamentos e equipamentos em contratos, porém vários fornecedores em contratos, porém vários fornecedores estão atrasando entregas ou simplesmente não cumprindo com os contratos. Alegam alta de preços de mercado, falta de matéria prima, alta do dólar, etc.
“Temos, internados no HUPE, entre CTI’s e Enfermarias, mais de 120 pacientes com COVID-19 e necessitamos manter o abastecimento de medicamentos, insumos, bem como proteger os profissionais de saúde com EPI’s.”
“Assim sendo, venho através deste agradecer a ajuda e confiança na nossa instituição.”
E me envia uma planilha com medicamentos prioritários, entre eles, o Rocurônio é importantíssimo, pois é utilizado para entubação e manter o paciente entubado.’
Ela manda também lista com os contatos de fornecedores que apresentam o melhor preços unitário. Afirma que o quantitativo informado manterá o Hospital abastecido por um mês.
Os medicamentos prioritários são:
Medicamento |
QTD |
Preço |
Total da Proposta |
Empresa |
Azitromicina IV 500mg |
500 |
R$ 39,80 |
R$ 19.900,00 |
Cristália |
Meropenem 500mg Iv |
4000 |
R$ 24,64 |
R$ 98.560,00 |
Multifarma |
Noraepinefrina 2mg/ml |
9250 |
R$ 10,40 |
R$ 96.200,00 |
Nova Línea |
Polimixina 500mg IV |
190 |
R$ 23,53 |
R$ 4.470,70 |
Especifarma |
Propofol 10mg/ml 20ml |
2500 |
R$ 15,22 |
R$ 38.050,00 |
Avante |
Rocurônio |
6000 |
R$ 19,00 |
R$ 114.000,00 |
Cristália/Unique |
Salbutamol Spray |
53 |
R$ 19,50 |
R$ 1.033,50 |
TCA Farma |
Piperacilina +Tazobactam 4g |
1500 |
R$ 26,60 |
R$ 39.900,00 |
Especifarma |
Linezolida 2mg/ml |
300 |
R$ 45,00 |
R$ 13.500,00 |
Biohosp |
Os fornecedores de medicamentos são:
Cristália, Especifarma, Avante, Bioshop, Multifarma, Nova Linea, TCA Farma e Unique.
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