Humberto Costa critica interferência da Abin na Igreja Católica
Ele criticou a tentativa de interferência do Executivo Federal, por meio de informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), nas discussões da igreja católica.
Para Humberto Costa, governo está em ponto morto e precisa de choque de arrumação. Para ele, usar órgãos do governo para investigar a igreja é retrocesso aos tempos da ditadura
Em pronunciamento nesta terça-feira (12), o senador Humberto Costa (PT-PE) fez uma avaliação do primeiro mês do governo Jair Bolsonaro e disse que é necessário um "choque de arrumação" para, segundo ele, impedir que o país seja vítima de galhofa internacional. Ele criticou a tentativa de interferência do Executivo Federal, por meio de informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), nas discussões da igreja católica.
— Desde 1º de janeiro, o país está paralisado, em ponto morto. Quando faz um movimento, é para dar marcha à ré. Retrocessos que remontam à época da ditadura. Basta ver, a notícia não desmentida, ao contrário, confirmada, de que o governo, por intermédio da Agência Brasileira de Informações, está espionando o trabalho de bispos, de padres da Igreja Católica com o argumento de que a Igreja Católica faz coro com a esquerda como se o Papa fosse comunista, como se os bispos fossem socialistas, como se estivéssemos na época da ditadura. E por que essa espionagem está sendo feita? — questionou.
Humberto fez referência ao Sínodo Sobre a Amazônia, evento da Igreja Católica que reunirá, no Vaticano, bispos de todos os continentes para discutir, segundo o parlamentar, temas universais como a preocupação com o meio ambiente. O parlamentar ainda lamentou as alterações no Programa Mais Médicos e mostrou preocupação com as possíveis mudanças na Previdência Social da forma como está sendo posta pelo atual governo.
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