I Simpósio de saúde física e mental da Polícia Militar é realizado em Porto Velho
A Polícia Militar de Rondônia também lançou e apresentou materiais de apoio no Simpósio, que mostram entre os anos de 2015 a 2018, o número de pessoas que tentaram tirar a própria vida, ao todo foram 131 só na capital
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que ocorrem no Brasil 12 mil suicídios por ano. Ainda segundo o levantamento, no mundo, os números ultrapassam 800 mil ocorrências, isto é, uma morte intencional a cada 40 segundos. A Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) criou uma cartilha para orientar a sociedade sobre como proceder ao perceber o sofrimento do possível suicida. O material começou a ser distribuído no I Simpósio de saúde física e mental da Polícia Militar de Rondônia realizado neste sábado (31), no auditório da Faculdade Uniron, que fica dentro do Shopping de Porto Velho.
A Polícia Militar de Rondônia também lançou e apresentou materiais de apoio no Simpósio, que mostram entre os anos de 2015 a 2018, o número de pessoas que tentaram tirar a própria vida, ao todo foram 131 só na capital. Destes, 107 eram homens. Enquanto os homens decidem utilizar arma de fogo, as mulheres tentam o envenenamento, sendo possível em alguns casos, socorrer ainda a mulher vítima de tentativa de suicídio.
A Doutora Dayse Miranda que possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), graduação em Licenciatura Plena em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002), mestrado em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (2003), doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2009) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade do estado do Rio de Janeiro, abriu o ciclo de palestras.
Atualmente Dayse Miranda é pesquisadora e coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Suicídio e Ocupações, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, relações de gênero, direitos humanos, polícia militar e prevenção. Dayse é autora dos livros: O que a Polícia quer: poder ou competência? E Por que Policiais se Matam?
“Os principais motivos para a tentativa suicida são: questões familiares, conflitos no ambiente de trabalho, problemas de saúde e, por último, a falta de dinheiro, ” declarou Dayse.
Comandante Geral da Polícia Militar de Rondônia – Coronel PM Mauro Ronaldo Flôres Corrêa.
O comandante geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Mauro Ronaldo Flôres Corrêa, convidou dois coronéis para palestrar no Simpósio. Um do Exército Brasileiro, José Carlos Teixeira Junior, que é graduado em ciências militares (AMAN) e psicologia (ISP – Brasília), especialista em operações psicológicas (Estado Maior do Exército) e em operações de paz (Pearson Peacekeeping Centre, Canadá).
O outro coronel é da Polícia Militar de São Paulo, Paulo Augusto Leite Motooka, graduado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (1992), formado em direito (2000) e em Psicologia (2014). Possui doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Palestraram ainda o tenente coronel da Polícia Militar da Paraíba – Onivan E. de Oliveira, autor do livro: “Você sabe com quem está falando? Usando a Programação Neurolinguística na Aplicação da Lei.
O major da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Letícia Freire da Rocha, oficial de saúde psicológica é especialista em saúde mental pela Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz. Possui doutorado em saúde coletiva pela Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o major da PM de São Paulo – Hugo Araujo Santos – especialista em gerenciamento de crises e negociação com reféns, negociações críticas e comportamento suicida vieram a Rondônia palestrar no I Simpósio de saúde física e mental da Polícia Militar de Rondônia.
“Inicialmente quero parabenizar o major Suffi, pela organização desse seminário extremamente importante e necessário à Policia Militar do Estado de Rondônia. Ninguém dá o que não tem. Ninguém consegue trabalhar bem se tiver com problemas em qual ordem for: familiar, profissional ou financeira. Por isso, estamos realizando este evento. Temos a preocupação com a saúde física e mental dos nossos policiais militares, ” afirmou o Coronel Ronaldo.
Na foto estão os secretários: José Hélio Cysneiros Pachá – titular da Sesdec ao lado do adjunto – Hélio Ferreira Gomes. O Comandante Geral da Polícia Militar de Rondônia está ao lado do deputado Jhony Paixão .
O Simpósio abordou como identificar uma possível vítima do suicídio. Segundo os palestrantes, a pessoa em sofrimento costuma externar os pensamentos negativos com as seguintes frases: “Eu preferia estar morto”, “Eu sou um peso para os outros”, “Eu não aguento mais”, “Os outros vão ser mais felizes sem mim”, “A minha vida não tem sentido” ou “Queria dormir pra sempre”.
A Psicóloga da Secretaria de Segurança Pública de Rondônia, Karina Rodrigues de Castro, orienta que a pessoa ao ouvir alguma dessas frases, possa encontrar um momento apropriado e um lugar calmo para conversar com a possível vítima de suicídio. Sendo necessário fazer isso quando estiver com tempo para ouvir a pessoa em sofrimento.
“É importante saber se comunicar. Ao ouvir a vítima evite emitir julgamentos ou dizer que vai ficar tudo bem. Não demonstre que ficou chocado com a notícia que ouviu. Fazer questionamentos indiscretos pode agravar o quadro clínico da pessoa, ” pontuou Karina.
O Secretário de Segurança Pública, José Hélio Cysneiros Pachá, parabenizou o Major Suffi pela organização do Simpósio e os organizadores da cartilha produzida pela Sesdec. Também agradeceu os colaboradores. E frisou a maneira correta de conversar com a pessoa que pensa em tirar a vida.
“Todos nós em algum momento da vida iremos nos deparar com um possível suicida. Então, temos que nos preparar para ajudar a vítima a superar esse situação que a atormenta. E nada melhor que buscar entender o sentimento da pessoa através de uma abordagem atenta, clama e sem julgamentos. Expressando respeito pelas opiniões e valores que a pessoa carrega consigo, ” finalizou Pachá.
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