IBGE registra em Rondônia a segunda melhor taxa de desocupação do país

Das 745 mil pessoas ocupadas em Rondônia no mês de agosto, 695 mil (93,3%) não foram afastadas de seus trabalhos, sendo que destas 43 mil executaram suas atividades de forma remota

Assessoria
Publicada em 23 de setembro de 2020 às 10:38
IBGE registra em Rondônia a segunda melhor taxa de desocupação do país

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid), referente ao mês de agosto, mostrou que o estado de Rondônia registrou 9% de taxa de desocupação, sendo a segunda melhor do país, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que registrou 8,2%. A taxa brasileira foi de 13,6% e a da Região Norte de 14,2%.

Em relação à informalidade, foi identificado que 313 mil trabalhadores não tinham carteira assinada ou registro em Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), representando 42% das pessoas ocupadas, que foi o mesmo índice de julho. A taxa mais alta de informalidade é a do estado Pará (52,3%) e a mais baixa a de Santa Catarina (20,3%). O índice brasileiro é de 33,9% e da Região Norte é de 48,9%.

Das 745 mil pessoas ocupadas em Rondônia no mês de agosto, 695 mil (93,3%) não foram afastadas de seus trabalhos, sendo que destas 43 mil executaram suas atividades de forma remota. Dos outros 50 mil ocupados, 35 mil foram afastados de seus postos devido ao distanciamento social e 15 mil foram afastados por outro motivo. Destes 50 mil afastados, 12 mil (23,9%) deixaram de receber suas remunerações.

A PNAD Covid19 mostrou ainda que das pessoas ocupadas, 37,5% (279 mil) eram empregados do setor privado, 33,8% (252 mil) eram trabalhadores por conta própria e 12,8% (96 mil) eram militares e servidores estatutários.

Por grupamento de atividade, a agropecuária continua sendo o setor que mais emprega em Rondônia. Em agosto, 20,8% (155 mil) dos ocupados trabalharam nessa atividade, seguido do setor público, que registrou 19% (142 mil). O comércio empregou 119 mil pessoas, sendo o terceiro grupamento mais representativo.

Em relação ao recebimento de algum auxílio relacionado à pandemia, a Pesquisa apontou que em 50,3% dos domicílios rondonienses pelo menos uma pessoa foi atendida. Também foi demonstrado que em 6,4% dos domicílios alguém está inscrito no programa Bolsa Família.

Aumenta o número de estudantes com atividades disponibilizadas durante a pandemia

Em agosto, havia 420 mil estudantes em Rondônia, sendo 259 mil no ensino fundamental,  88 mil no ensino médio e 73 mil no ensino superior. Em todos os níveis, houve aumento dos estudantes que tiveram atividades disponibilizadas.

Entre os 354 mil estudantes com atividades disponibilizadas, 226 mil são do ensino fundamental, 74 mil do ensino médio e 54 mil do ensino superior. No mês de agosto, 202 mil estudantes tiveram cinco dias de atividades escolares.

Em relação ao rendimento domiciliar per capita, aumentou o número de atividades disponibilizas entre os que ganham até dois salários mínimos. Entre os que tem rendimento maior de dois salários mínimos, o número de estudantes que tiveram atividades manteve-se estável.

Diminui população que ficou rigorosamente isolada

Segundo a PNAD Covid, o número de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas e as que saíram só por necessidade básica diminuiu entre os meses de agosto e julho. Já o número de pessoas que diminuíram o contato mas continuaram saindo ou recebendo visitas aumentou. A parte da população que não fez nenhuma restrição manteve-se estável.

Em julho, 408 mil rondonienses ficaram rigorosamente isolados e 691 mil só saíram de casa por necessidade básica. Em agosto, estes números foram de 367 mil e 609 mil respectivamente. Em contrapartida, as pessoas que diminuíram o contato mas continuaram saindo de casa ou recebendo visita subiu de 651 mil para 772 mil. As pessoas que não fizeram restrição totalizaram 19 mil.

Das 367 mil pessoas que fizeram isolamento rigoroso em agosto, 228 mil tinham até 13 anos de idade; 54 mil tinham idades entre 14 e 29 anos; 29 mil tinham idades entre 30 e 49 anos; 13 mil tinham idades entre 50 e 59 anos; e 44 mil eram acima de 60 anos. Proporcionalmente, o grupo que mais executou o isolamento rigoroso foi formado por pessoas com até 13 anos, seguido dos idosos: 59,9% das crianças e adolescentes com até 13 anos adotaram esta medida, enquanto que 25% das pessoas com mais de 60 anos ficaram rigorosamente isoladas.

Assim como no mês de julho, em agosto, o grupo que mais executou o isolamento rigoroso foi formado por pessoas sem instrução ou com nível fundamental incompleto, representando 81,7%.

Em relação ao rendimento domiciliar per capita, 29,1% dos que fizeram isolamento rigoroso tinham renda de até meio salário mínimo e 45,3% recebiam de meio a um salário mínimo, totalizando 74,4%.

Quantidade de rondonienses com sintomas de síndrome gripal aumentou entre julho e agosto

A PNAD Covid19 também mostrou que houve um aumento no número de rondonienses que apresentaram sintomas de síndrome gripal. No mês de julho, 91 mil pessoas apresentaram pelo menos um sintoma que pode ser de Covid-19, subindo para 97 mil no mês de agosto. Entre os que apresentaram sintomas conjugados (mais de um sintoma), o aumento foi de 16 mil para 24 mil pessoas.

Entre os que apresentaram um sintoma, 33,5% (32 mil) procuraram algum estabelecimento de saúde. Já entre os com sintomas conjugados, este índice foi 65,7% (16 mil) procuraram estabelecimento de saúde.

Além disso, a Pesquisa averígua sobre a testagem para identificar o coronavírus. 118 mil rondonienses declararam que realizaram algum teste para saber se estavam infectadas. O grupo que mais realizou teste foi formado por pessoas com idades entre 30 e 59 anos, representando 55% do total.

Das pessoas que realizaram algum teste, 36 mil tiveram resultado positivo em agosto, sendo que três mil tinham mais de 60 anos. O número é maior que no mês de julho, quando 23 mil pessoas tiveram resultado positivo.

No mês de agosto, foram identificadas 280 mil pessoas com pelo menos uma comorbidade, sendo 142 mil (50,7%) com idades entre 30 e 59 anos. Do total, a comorbidade mais presente foi a hipertensão, seguida de doenças respiratórias e diabetes. Entre as pessoas com comorbidades, nove mil testaram positivo para Covid-19.

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