Jair Montes fala sobre resultados da reunião da CPI da Energisa em Vilhena

Deputado diz que abusos da empresa são graves também no interior de Rondônia

Antônio Pessoa-ALE/RO Foto: Marcos Figueira-Decom-ALE/RO
Publicada em 06 de novembro de 2019 às 09:46
Jair Montes fala sobre resultados da reunião da CPI da Energisa em Vilhena

O deputado Jair Montes (Avante), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que apura denúncias de supostas fraudes cometidas pela Energisa em Rondônia, fez um relato, na sessão plenária desta terça-feira (5), sobre a reunião realizada pela comissão em Vilhena. Ele disse que as reclamações contra a empresa também são graves no interior. Os produtores rurais, segundo ele, estão tendo que jogar leite e outros produtos fora por causa da falta de energia elétrica. E, pelo mesmo motivo, ainda conforme o parlamentar, os poços artesianos não funcionam. 

O deputado informou que documentou a situação de um morador que pagava R$ 300,00 mensais na conta de luz e, de repente, o valor subiu para R$ 2 mil. Ele classificou a situação de humilhante. ‘Isso é um ato de humilhação, ” considerou da tribuna, frisando que todas as declarações foram colhidas e vão se juntar aos depoimentos já existentes na CPI, que tem reunião agendada para esta quarta-feira (6), às 14h, em Porto Velho.

 

Acidentes

Ao retornar de Vilhena para a Capital, o deputado testemunhou dois acidentes com mortes. Ele falou que há excesso de carretas trafegando na BR-364 e a pista não está em boas condições, o que aumenta o perigo. Segundo ele, não deve ser fácil para a população obrigada a enfrentar constantemente esse trânsito, como ocorre com os deputados estaduais que residem no interior. 

A deputada Cássia Muleta (Podemos), que presidia a sessão, disse que muitos caminhoneiros não respeitam os carros menores. Ela enalteceu ainda o trabalho que vem sendo realizado pela CPI da Energisa. Também em aparte, o deputado Adelino Follador (DEM) disse concordar com o governador Marcos Rocha na terceirização para o trabalho de recuperação das estradas estaduais devido à distância entre as Residências do DER e os locais onde serão executadas as obras. No entendimento do deputado, esses longos deslocamentos tornam os serviços mais caros e inviáveis. 

Luizinho Goebel (PV) afirmou que têm estradas do Cone Sul que não foram sequer “patroladas” pelo atual governo. Ele destacou que está na vida pública desde 2003 e nunca havia visto isso. Para Goebel, a terceirização deve onerar muito os custos das obras, mas entende que uma decisão urgente tem que ser tomada. O deputado observou ainda que os parlamentares precisam saber sobre os serviços de quais rodovias serão terceirizados. Ele explicou que o DER não inclui algumas estradas sob a responsabilidade do órgão, citando, como exemplo, estrada na região de Flor da Terra, distrito de Parecis, existente há apenas quinze anos.

Comentários

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    antonio leitão 06/11/2019

    Infelizmente essa cpi não vai dar em nada. A cobrança tem de ser feita em cima da ANEEL e do MME, eles doaram a ceron para o capital privado. A obrigação de regular, cobrar, fiscalizar a empresa é da ANEEL, ela está sendo e sempre foi omissa quando se trata de fiscalizar a iniciativa privada. Porque disso? porque a diretoria da ANEEL é política e não tem interesse em multar e punir a empresa privada. A cpi tem que ir pra cima dos diretores da ANEEL (efraim cruz, andré pepitone, rodrigo limp). Eles tem mandato político, indicados pelo MDB de valdir raupp.

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