Jogador indígena de Pernambuco é contratado por time de futebol profissional

Jogando na posição de meio-campo, o jovem de 17 anos trouxe alegria e esperança para sua comunidade

Assessoria de Comunicação/Funai
Publicada em 13 de julho de 2021 às 13:26
Jogador indígena de Pernambuco é contratado por time de futebol profissional

Cauan Lucas, jogador indígena da etnia Pankararu. Foto: Reprodução/Instagram

OClube de Regatas Vasco da Gama contratou, para sua seleção juvenil, o indígena Cauan Lucas, da etnia Pankararu, do estado de Pernambuco, da Terra Indígena de mesmo nome, localizada entre os municípios de Tacaratu e Petrolândia. Jogando na posição de meio-campo, o jovem de 17 anos trouxe alegria e esperança para sua comunidade.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) trabalha para a promoção do diálogo e autonomia dos povos indígenas, e parabeniza o jovem, que é um exemplo de que os indígenas são os protagonistas de sua própria história.

História

Quando Cauan ainda era uma criança, Clécio, seu pai, o levou para a escolinha "Bom de Bola", em Jatobá (PE), onde atuou na categoria sub-10 aos 7 anos. Após, o menino chegou a passar em testes nos clubes Bahia e Vitória, mas não foi integrado por não ter idade. Aos 13 anos, teve a oportunidade de ir para o Athletico-PR, porém acabou recebendo uma proposta do Primavera, do interior de São Paulo, que incluía um emprego de porteiro para seu pai.

Finalmente, quando jogava na categoria sub-15, um “olheiro” do Vasco o viu treinando e lhe fez o convite. "O vice-presidente do Primavera me ligou dizendo que eu teria que ir ao Rio de Janeiro porque o Vasco queria renovar e eu, automaticamente, disse que sim. Foi uma felicidade imensa. Uma emoção muito boa para nós da aldeia, para a minha família, os amigos dele. Então eu fui e, quando assinou o contrato, foi uma alegria imensa. A aldeia se abraçou toda lá, ficou muito feliz, todo mundo dando os parabéns. Foi uma felicidade enorme, nem sei nem como explicar", declarou Clécio, em uma entrevista.

Pankararu

Os Pankararu tiveram sua terra homologada na década de 1990 e têm no ritual religioso "Toré" sua marca de identidade e resistência cultural. A principal atividade econômica da etnia é a agricultura do feijão, milho e mandioca, assim como o artesanato e a venda de pinha, produto típico da região.

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook

Amazônia, terra para ser preservada

Amazônia, terra para ser preservada

É hora de dar basta aos desmatamentos e crimes contra a Amazônia. Serão anos de consequências desastrosas, mas nossa luta não cessará. Chega de sangue verde derramado!