Jornalistas finalmente reagem a Bolsonaro
O “palhaço” asqueroso e venal, recém-contratado pela TV Record do “bispo” Edir Macedo, chegou a oferecer bananas aos jornalistas
Foto: Foto: Reprodução/Twitter
Após sofrerem inúmeras humilhações, alguns profissionais da imprensa finalmente começam a reagir ao “capetão” fascista. Nesta quarta-feira (4), segundo informa o repórter Plínio Teodoro da revista Fórum, “jornalistas que fazem a cobertura diária da saída de Jair Bolsonaro do Palácio da Alvorada viraram as costas e deixaram o local após o capitão escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, vestido de presidente, para comentar o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB)”.
O “palhaço” asqueroso e venal, recém-contratado pela TV Record do “bispo” Edir Macedo, chegou a oferecer bananas aos jornalistas. Já as milícias bolsonaristas, que sempre ocupam o cercadinho diante do Palácio da Alvorada, também fizeram provocações, inclusive com piadas machistas contra as jornalistas. Segundo relato do site UOL, “enquanto o humorista fazia troças com a imprensa, alguns apoiadores do presidente riam e proferiam palavras de cunho sexual para as repórteres”.
Após o grave episódio, que comprova mais uma vez o ódio do “capetão” à liberdade de imprensa, jornalistas postaram em suas redes sociais relatos do ocorrido. “Hoje, fui ao Palácio destinado a perguntar ao presidente sobre o fraco resultado do PIB. Mas eu e todos os colegas fomos surpreendidos pelo humorista Carioca, que veio em um carro junto ao comboio. Carioca nos ofereceu bananas. Bolsonaro não comentou o PIB”, protestou Murilo Fernandes, repórter da agência estadunidense Bloomberg.
Já Fabio Murakawa, plantonista do jornal Valor, tuitou: “Hoje @jairbolsonaro bateu todos os recordes de desrespeito com a imprensa no Alvorada: colocou um humorista travestido de presidente para distribuir bananas aos repórteres e responder perguntas; esquivou-se assim de comentar o frustrante resultado do PIB em seu 1º ano de governo”.
Daniel Gulino, do jornal O Globo, postou: “Bolsonaro colocou um humorista para oferecer bananas a jornalistas e para responder perguntas. Tentamos fazer perguntas a Bolsonaro. Como ele não quis responder, viramos as costas e fomos embora”. A midiática Andréia Sadi, da TV Globo, também registrou: “Diante da negativa do presidente da República em responder às perguntas, os jornalistas viraram as costas e deixaram o local enquanto o humorista continuava com provocações, gritando ‘outra pergunta’, ‘não tem retaliação’”.
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal também reagiu “a mais uma atitude desrespeitosa de Bolsonaro”. Vale conferir a íntegra da nota de repúdio:
O Sindicato dos Jornalistas e das Jornalistas Profissionais do Distrito Federal repudia mais essa atitude desrespeitosa do presidente da República em relação aos profissionais do Jornalismo e toda a sociedade.
Os profissionais estavam, na manhã desta quarta (4/3), em frente ao Palácio da Alvorada, aguardando o presidente Jair Bolsonaro para entrevistá-lo sobre o resultado pífio do PIB no ano passado, divulgado também nesta quarta-feira.
No entanto, acompanhando o presidente estava um humorista, com faixa presidencial, que distribuiu bananas aos jornalistas. O humorista estava gravando um quadro para um programa de uma emissora. Jair Bolsonaro acompanhava o humorista, incentivou a chacota e se recusou a responder aos jornalistas.
O SJPDF execra tal atitude, que é a mais recente de uma série de posturas desrespeitosas e humilhantes por parte do presidente para com os profissionais que cobrem a portaria do Palácio. O acesso aos governantes é uma prerrogativa essencial ao trabalho dos jornalistas profissionais em sua missão perante à sociedade. Quando o jornalista está diante de uma autoridade, dirige perguntas e pede esclarecimentos a ela, o profissional representa toda a população - que não pode estar presente para fazer tais perguntas e pedidos de esclarecimentos pessoalmente. Assim, ao transformar jornalistas em alvos de chacota, o presidente Jair Bolsonaro desrespeita não somente os profissionais da imprensa, mas também a própria população que ele governa - que depende do trabalho do jornalista para se informar sobre as ações do governo.
Um país que não respeita os trabalhadores da imprensa e desconhece seu papel fundamental em informar a sociedade é um país com sua democracia em risco.
O Sindicato coloca ainda seu departamento Jurídico à disposição de todas e todos os colegas para medidas legais cabíveis, inclusive para evitar o uso da imagem em situação que possa ridicularizar os trabalhadores.
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