Judiciário aposta no método de Constelação Familiar para qualidade de vida da magistrados e servidores

“A saúde emocional é de suma importância para que qualquer ser humano possa desenvolver suas habilidades em todas as esferas dos relacionamentos: quer seja familiar, social e organizacional.

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 02 de maio de 2019 às 13:05
Judiciário aposta no método de Constelação Familiar para qualidade de vida da magistrados e servidores

O programa voltado para a qualidade de vida de servidores e magistrados do Poder Judiciário de Rondônia proporciona curso de constelação familiar, ferramenta que trabalha o sistema familiar e suas leis sistêmicas. O método desenvolvido pelo teólogo, pedagogo e filósofo alemão, Bert Hellinger, a partir de três leis universais - Pertencimento, Equilíbrio e Ordem – já foi aplicado no TJRO na primeira turma de juízes e trouxe ótimos ganhos institucionais e pessoais; por isso abre vagas para mais 150 pessoas, incluindo também servidores. As inscrições estão abertas em link no portal da Emeron. Os interessados têm até o dia 6 de maio para realizarem suas inscrições. A formação começa no dia 10.

“A saúde emocional é de suma importância para que qualquer ser humano possa desenvolver suas habilidades em todas as esferas dos relacionamentos: quer seja familiar, social e organizacional. Esse programa é um convite para que o magistrado e servidor possam olhar para si e se permitir observar de que forma está atuando como expectador atento ou apenas vivendo de forma a ligar o 'piloto automático' destinado ao cumprimento de metas, cuja percepção do saudável passa despercebida”, defendeu a coordenadora do programa, a juíza auxiliar da presidência Silvana Freitas.

A magistrada destacou que o TJRO foi o primeiro tribunal a implantar a formação em Constelação Familiar para magistrados em todo mundo. Atualmente, 27 juízes rondonienses possuem formação em Constelação Familiar. Ela citou os ganhos que a formação dos magistrados trouxe para a instituição. “De uma maneira geral, os magistrados relataram redução no estoque de processos, melhoria nas relações interpessoais (familiares, com a equipe de trabalho e público externo), ampliação do olhar acerca das reais causas do conflito, melhoria da saúde e muitas outras. São questões que nos afligem no dia a dia e que, quando melhor encaminhadas, podem produzir resultados surpreendentes”.

A experiência de Rondônia já foi destaque em eventos nacional, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça e internacional, apresentado junto com renomados especialistas tais como Sophie Hellinger e o próprio Bert Hellinger, criador da técnica que reconheceu o pioneirismo do Tribunal de Rondônia.

A formação contará com oito módulos presenciais, que serão ministrados por especialistas, com metodologia participativa, utilizando-se de recursos como jogos psicodramáticos, sociodrama, estratégias de dinâmicas grupais, assimilações de modo a favorecer a participação e a expressão de sentimentos, a interação e o compartilhamento das experiências na elaboração coletiva do conhecimento.

O objetivo, ao final do programa, é que o participante esteja apto a uma percepção mais efetiva de si, de sua origem, ter maior compreensão de si e de sua própria experiência de vida, bem como ser capaz de uma atuação mais humanizada em determinadas instâncias e clareza no contexto de determinados fatos da vida em sociedade.

Além dos ganhos para a saúde, entre os benefícios apontados por todos os participantes da primeira turma, estão aumento de produtividade, queda de absenteísmo e qualidade no atendimento ao jurisdicionado. “Passei a ter um alargamento na compreensão da relação com outras pessoas. Assim, pode o julgador fazer abordagens sobre a origem do comportamento em avaliação, possibilitando um julgamento com maior abrangência”, disse Franklin Vieira dos Santos, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho, sobre a técnica.

Em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu a técnica de Constelações Familiares dentre as práticas integrativas e complementares (PICS) do SUS. Atualmente, o MPRO também desenvolve curso semelhante voltado aos promotores de Justiça e servidores, sendo que, igualmente, os relatos e reflexos são profundos e transformadores.

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