Justiça decreta prisão preventiva de acusado da chacina de Maricá

A decisão da Vara Criminal de Maricá de decretar a prisão preventiva foi dada ontem e divulgada hoje (7) pelo MPRJ.

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicada em 07 de junho de 2018 às 13:10
Justiça decreta prisão preventiva de acusado da chacina de Maricá

A Justiça decretou a prisão preventiva de João Paulo Firmino, suspeito de ser o autor da chacina de cinco jovens em Maricá, no dia 25 de março, no Condomínio Carlos Marighella, do programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, no bairro de Itaipuaçu. Os jovens Sávio Oliveira, Mateus Bittencourt, Matheus Baraúna, Marco Jhonathan e Patrick da Silva tinham entre 14 e 20 anos e participavam de um projeto social dando aulas para crianças. Eles voltavam de um show do rapper Projeta quando foram executados dentro do condomínio.

Firmino, conhecido como Papau, está preso desde o dia 9 de abril e na terça-feira (5) o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) ofereceu a denúncia contra ele. A decisão da Vara Criminal de Maricá de decretar a prisão preventiva foi dada ontem e divulgada hoje (7) pelo MPRJ.

Na decisão da denúncia que converteu a prisão temporária em preventiva, a Justiça aponta que há “fortes indícios” da autoria do crime. “A existência do crime está demonstrada pelos fartos elementos probatórios constantes no procedimento apuratório, havendo fortes indícios de que o denunciado tenha sido o autor dos crimes hediondos registrados nesses autos”.

Na denúncia, o MPRJ aponta que houve características de extermínio nas mortes, além de motivo torpe de “disseminação do terror” para “impor os serviços ilegais explorados pelo grupo no condomínio” e uso de meios que dificultaram a defesa das vítimas. Segundo uma testemunha, os jovens foram abordados e o executor mandou que todos deitassem de bruços ou ficassem de joelhos, agrupados. Em seguida, efetuou disparos de arma de fogo na cabeça das vítimas.

Após o crime, Firmino gritou para os moradores entrarem em suas residências, pois “a milícia havia chegado para acabar com a bagunça”. O acusado foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.

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