Kajuru quer cortar 50% da verba de senadores e deputados

A ideia é que senadores e deputados abram mão de parte dos salários e das verbas indenizatórias e destinem esses recursos para investimentos em educação.

Agência Senado 
Publicada em 24 de outubro de 2018 às 13:30
Kajuru quer cortar 50% da verba de senadores e deputados

O primeiro projeto de Jorge Kajuru (PRP), senador eleito por Goiás, será tentar reduzir em 50% os benefícios e gastos dos congressistas. A ideia é que senadores e deputados abram mão de parte dos salários e das verbas indenizatórias e destinem esses recursos para investimentos em educação.

— Cada senador custa R$ 3 milhões por ano. O que eu quero propor é que a gente dê um exemplo à nação brasileira ao cortarmos na própria carne. Se cortarmos 50% e destinarmos essa economia para investir na qualificação dos nossos professores, escolas e universidades, e que os nossos educadores tenham um salário mais digno, isso será algo revolucionário na educação brasileira.

Ainda que o projeto não avance, Kajuru, que é atualmente vereador em Goiânia, garantiu que doará 50% das verbas destinadas ao mandato.

— Só aceitarei 50% do meu salário para pagar minhas despesas porque vou morar em Brasília. Não devolverei o que eu receber ao erário porque não sei se esse dinheiro pode parar no ralo da corrupção. Vou investir em escolas e instituições sérias e vou documentar essas doações — assegurou.

Kajuru, que ficou nacionalmente conhecido trabalhando no jornalismo esportivo, disse que tem outras 49 propostas prontas para protocolar no Senado. Entre elas, a criação de um imposto sobre grandes fortunas e medidas para revitalizar os Rios Araguaia e Tocantins.

O futuro senador iniciou a carreira na política em 2014, ao se candidatar a deputado federal por Goiás. Na ocasião, obteve mais de 106 mil votos, mas não foi eleito em sua coligação. Em 2016, elegeu-se vereador mais votado da história de Goiânia, com 37,8 mil votos. Na Câmara Municipal de Goiânia, priorizou ações na área da saúde e na economia de recursos públicos. Aos 57 anos, chega pela primeira vez ao Senado.

— Farei história e deixarei um legado. Não jogarei minha honra no lixo — disse.

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